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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 03/07/2025
05:50
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O Fluminense terá pela frente nesta sexta-feira (5), pelas quartas de final do Mundial de Clubes, mais do que um adversário em campo. O confronto é contra o Al-Hilal, clube símbolo da nova fase bilionária do futebol saudita e um dos pilares do projeto geopolítico da Arábia Saudita para ganhar influência global por meio do esporte.

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Em junho de 2023, o Al-Hilal foi um dos quatro clubes assumidos oficialmente pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), junto com Al-Nassr, Al-Ahli e Al-Ittihad. A medida faz parte do “Projeto de Investimento e Privatização de Clubes Esportivos”, liderado pelo governo saudita.

📊 Dinheiro público, gestão privada

O modelo funciona assim: o PIF passou a deter 75% das ações de empresas criadas para administrar os clubes, que agora operam como sociedades anônimas. Os 25% restantes seguem vinculados a entidades ligadas ao governo local. Apesar de se chamar “privatização”, o processo representa uma estatização estratégica, com forte investimento estatal via empresas públicas.

O fundo PIF é controlado diretamente pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, principal figura por trás da transformação da Saudi Pro League em uma vitrine internacional. Vale destacar que o PIF administra atualmente mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,4 trilhões) em ativos.

💼 Gestão do Al-Hilal

Apesar de controlar o PIF, o príncipe Mohammed bin Salman não toca o dia a dia dos clubes. Atualmente, o CEO e presidente do Al-Hilal é Fahad bin Saad bin Nafel, que está no cargo desde 2019 e tem mandato até 2027. Ele lidera a gestão executiva do clube dentro do novo modelo empresarial.

Enquanto clubes brasileiros discutem modelos de SAF e associação, o Al-Hilal representa um caminho híbrido: uma “empresa estatal” com ambição global — e muito dinheiro em caixa.

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Mohammed bin Salman, príncipe da Arábia Saudita, ao lado de Infantino (Foto: SPA/AFP)
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