Pelo segundo ano consecutivo, nenhuma mulher apareceu na lista dos 50 atletas mais bem pagos do mundo, segundo a tradicional publicação da Forbes. O dado chama atenção, especialmente em um momento de crescente visibilidade, recordes de audiência e aumento nas receitas comerciais das principais ligas femininas.
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Em 2025, para entrar no top 50, foi necessário faturar pelo menos US$ 53,6 milhões (cerca de R$ 302 milhões) entre maio de 2024 e maio de 2025 — um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. A tenista Coco Gauff, uma das principais candidatas ao posto, ficou longe: faturou US$ 34,4 milhões no período, somando prêmios e patrocínios.
💰 Diferença estrutural nos salários
O principal entrave continua sendo a diferença nos salários pagos a homens e mulheres, que está diretamente ligada à receita das ligas esportivas. Nos Estados Unidos, por exemplo:
- O teto salarial da WNBA é de US$ 250 mil — e pode chegar a US$ 1 milhão após nova negociação.
- Já o salário mínimo da NBA é de US$ 1,2 milhão, com médias acima de US$ 10 milhões por atleta.
- A NFL e a MLB também operam com estruturas salariais desproporcionais.
Mesmo com avanços em ligas como a NWSL (liga de futebol feminino dos EUA) e os Grand Slams do tênis — que oferecem premiações iguais para homens e mulheres —, a maior parte dos torneios e eventos ainda tem disparidades significativas.
📈 Crescimento das receitas e do interesse de marcas
Apesar da ausência no ranking geral, os números das mulheres no esporte são animadores:
- As 20 atletas mais bem pagas do mundo faturaram em média US$ 10,7 milhões cada, um aumento de 25% em relação ao ano anterior.
- O faturamento total das mulheres no esporte deve chegar a US$ 2,35 bilhões em 2025, contra US$ 1,88 bi em 2024.
- Estrelas como Simone Biles, Eileen Gu e Caitlin Clark puxam o crescimento com contratos de marketing que já superam muitos atletas homens.
👀 Perspectiva de mudança
Com o avanço de transmissões, patrocínios e engajamento do público, o cenário pode mudar nos próximos anos. A tendência é que a valorização das atletas — dentro e fora do campo — continue crescendo. O desafio é acelerar essa curva.
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