Eliminado na semifinal do Mundial de Clubes, com derrota por 2 a 0 para o Chelsea, o Fluminense deixa os Estados Unidos com um prêmio histórico: R$ 331,12 milhões, valor bruto pago pela campanha até o top-4 da competição. Para um clube que luta para equilibrar as contas, o montante pode representar uma virada de chave financeira.
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A quantia equivale a 48,4% da receita total do clube em 2024, que foi de R$ 684 milhões, segundo balanço divulgado neste ano. Com isso, só a premiação da Fifa representa quase metade de tudo o que o clube faturou no ano inteiro com bilheteria, patrocínios, vendas de jogadores e outras fontes operacionais.
📉 Dívida, folha salarial e impacto direto
O valor também corresponde a 40,2% da dívida total do Fluminense, estimada em R$ 822 milhões ao fim de 2024, segundo o relatório Convocados. Ou seja, se usado integralmente para abater o passivo, o prêmio teria impacto direto na saúde financeira do clube.
Com relação à folha salarial, os R$ 331 milhões brutos seriam suficientes para cobrir mais de 18 meses de salários do elenco profissional, que gira em torno de R$ 15 milhões mensais. Se considerados todos os custos salariais do departamento de futebol, o gasto anual é de R$ 180 milhões — ou seja, a premiação cobre quase dois anos inteiros de folha.
No entanto, parte do valor pode ser comprometida por impostos nos EUA, que podem chegar a 40%. Nesse cenário, o valor líquido cairia para cerca de R$ 198 milhões, ainda assim uma quantia expressiva.
Agora, o desafio do clube é transformar o Mundial em um ponto de virada sustentável — financeiramente e esportivamente.
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