O Arsenal anunciou que a parceria com a logomarca Visit Rwanda não será mais vista na camisa do clube. Isso porque a parceria do clube com o Conselho de Desenvolvimento do país africano será encerrada ao final da temporada corrente. O acordo vigorou por oito temporadas consecutivas e foi marcante: acabou por ser o primeiro patrocinador de manga de camisa da história do tradicional clube inglês.
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Segundo as partes, o encerramento acontece por decisão mútua e está alinhado à estratégia da Visit Rwanda de diversificar as parcerias esportivas. Nesta linha, a aproximação da companhia com o mercado dos Estados Unidos, já confirmada, faz todo sentido. O Los Angeles Clippers, da NBA, e o Los Angeles Rams, da NFL, firmaram acordo com a futura ex-patrocinadora da equipe londrina.
Durante os oito anos de acordo, Ruanda registrou aumento no fluxo turístico e nas receitas da área, de acordo com a publicação. De acordo com dados divulgados pela empresa, as chegadas de visitantes chegaram a 1,3 milhão em 2024, enquanto as receitas de turismo alcançaram US$ 650 milhões - crescimento de 47% desde o início da parceria. Jogadores e ex-jogadores do Arsenal chegaram a visitar o país.
- Estamos orgulhosos do que esta parceria alcançou ao longo de muitos anos de colaboração. Ela abriu novos caminhos para boards de turismo, impulsionando a conscientização e as visitas a Ruanda em um ritmo que campanhas tradicionais jamais poderiam igualar - afirmou Jean-Guy Afrika, CEO do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda.
Pelo lado do clube, o CEO Richard Garlick destacou a relevância do acordo que está chegando ao fim.
- Nossa primeira parceria de manga com a Visit Rwanda foi uma jornada significativa. O compromisso e o apoio da Visit Rwanda desempenharam um papel importante em nossas ambições e em nossa visão de longo prazo de competir por grandes troféus de forma financeiramente sustentável - destacou.
Polêmica
Em fevereiro deste ano, Thérèse Kayikwamba Wagner, ministra das Relações Exteriores da República Democrática do Congo, acusou o Arsenal de financiamento a grupos rebeldes do governo de Ruanda. O jornal inglês "The Telegraph" teve acesso à carta da ministra, que exigiu o fim da parceria dos gigantes europeus com a companhia de turismo "Visit Rwanda".