O famoso hino do Grêmio começa com o verso 'até a pé nós iremos'. O torcedor Guilherme Martin, de 33 anos, o adaptou ao criar o projeto 'Até de Fusca Nós Iremos'. Desde o início de 2024, ele viaja para acompanhar os jogos do Tricolor Gaúcho com seu icônico automóvel, modelo 1974.
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— Eu já tinha o fusca, e sempre que dava ia nos jogos do Grêmio como visitante. Sempre gostei de viajar para ver jogo. Também estava querendo criar conteúdo de Grêmio. Pensei em unir as duas coisas: 'se o Grêmio confirmar ida à Libertadores 2024, vou pegar o fusca e sair para acompanhar o Grêmio pela América' — relembra Guilherme em entrevista ao Lance!.
Com viagens para Bolívia, Argentina e Chile, Guilherme percorreu, ao todo, 32.600 quilômetros atrás do Grêmio no ano passado. Em 2025, em que o Tricolor Gaúcho disputa a Copa Sul-Americana, a expectativa é ultrapassar os 40 mil quilômetros.
Aventuras pela América do Sul
Na fase de grupos da competição continental, Guilherme esteve presente nos três jogos do Grêmio fora de casa: contra Sportivo Luqueño, em Assunção, no Paraguai; Godoy Cruz, em Mendoza, na Argentina; e Atlético Grau, em Lima, no Peru. Ele emendou essas duas últimas viagens e, no retorno para o Brasil, teve problema com o fusca.
— O fusca estava com vazamento de óleo. Lá na província de Chaco, na Argentina, o vazamento, que estava pequeno, aumentou e fundiu o motor. Não teve o que fazer, o carro parou. Era uma região que não tinha muita gente, não tinha para quem pedir socorro. Fui resgatado por alguns amigos caminhoneiros, de Uruguaiana, que estavam voltando do Chile. Botamos o fusca em cima do caminhão, fomos até Uruguaiana e lá consegui outro motor para voltar a Porto Alegre — conta.
Guilherme diz que conheceu um senhor, o qual viaja com seu cachorro pela Argentina, que permaneceu com ele por cinco dias até que o resgate chegasse. Prova, segundo o torcedor gremista, de que 'ainda tem gente boa nesse mundo'.
Para o que der e vier
Mesmo que o momento do Grêmio não seja dos melhores — eliminado da Copa do Brasil, na segunda metade da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, e na repescagem da Copa Sul-Americana —, Guilherme não pretende parar de seguir o Tricolor Gaúcho por todos os lugares.
— Eu vou pelo Grêmio, pela camiseta. Se fosse pela boa fase, jogadores, nem saía de casa. Me tornei gremista em uma das piores fases do Grêmio. Claro que seria melhor se a fase fosse melhor, se os jogos fossem melhores. Mas é só um detalhe — conclui.