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Opinião: ‘Título e lead* estão no meio e no pé da coluna’

Flamengo faz grandes contratações e engatilha outras, mas esquece momentaneamente da lateral direita, um problema crônico do time nas últimas temporadas

Pará foi titular nesta quinta à noite e Rodinei entrou no segundo tempo, enquanto Rafinha, se fechar, deve vir só em maio (Divulgação)
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O título da coluna é proposital. Tudo para raciocinarmos juntos. Nesta quinta-feira à noite, Pará jogou contra o Ajax (HOL) na estreia do Flamengo pela Florida Cup - empate em 2 a 2 no tempo normal, e vitória por 4 a 3. Mas você pode se perguntar ou mesmo me perguntar o que tem isso. Vamos lá, então. A começar pelo vídeo que viralizou na semana passada do presidente Rodolfo Landin: “Iremos ganhar tudo”. Estava bem animado o cartola, haja vista as contratações que o Rubro-Negro carioca está fazendo: Gabigol e De Arrascaeta, além de sonhar com Bruno Henrique, Miranda, Rafinha (este último já apalavrado, mas somente para o mês de maio)... É, realmente, dá para ele e a torcida sonharem.

Voltemos ao Pará, que está anos-luz atrás para ser a solução da lateral direita. Não foi até hoje, não será amanhã ou depois. Para se ter uma ideia do drama que assola a Gávea há várias temporadas (e olha que Eduardo Bandeira de Mello e a sua turma tiveram tempo para resolver isso), Rodinei é reserva de Marcos Rogério Ricci Lopes (nome de batismo de Pará).

Ué, peraí. Lembrei de uma coisa, pois eu estava em folgas prolongadas. Ouvi que o técnico Abel Braga dizer que o Flamengo estava bem servido na posição: “O Cruzeiro, por exemplo, está (ou estava) interessado no Rodinei”. Mas se o cara serve para o atual campeão da Copa do Brasil, por que, ora bolas, ele está na reserva de... Pará!

Bom, verdade seja dita. Se o Flamengo está montando um elenco (típico o do Palmeiras) para “ganhar tudo” como dissera o presidente do clube, não será com Pará ou Rodinei na posição. Logicamente, os adversários já saberão por onde atacar, o ponto fraco.

Se insistirem nisso, Abel Braga terá que mostrar que entende da prancheta e armar um padrão tático para que o setor fique protegido dos bombardeios rivais. Do contrário, mesmo com elenco milionário, o cheirinho deixado pela gestão anterior vai ficar ainda mais forte este ano.

O próprio Abel, que estava no Fluminense no início do ano passado e sofrendo com a lateral direita, sequer cogitou a contratação de um deles. Chega! Vamos parar de hipocrisia. Não, não é jogador para o Flamengo e nem outro gigante do futebol brasileiro.

Ah, vão lembrar que ele, no caso o Pará, ganhou o segundo lugar da “Bola de Prata” do Brasileirão de 2016, que conquistou títulos no Santos, que defendeu o Grêmio, isso ou aquilo e “quês, quês, quês...”. Já está chato falar disso. A torcida que se entenda com a diretoria e comissão técnica ou vice-versa.

Depois não vão dizer que não foram avisados e reclamar das vaias dos torcedores ou das críticas da imprensa, falando que é perseguição. Sabem por que? Porque ter jogadores de peso e elenco milionário não é sinônimo de títulos. Se fosse assim, que fizesse então logo uma final entre Flamengo e Palmeiras. Não é?

A parada é dentro de campo. Exemplos não faltam no Rubro-Negro: Romário, Sávio e Edmundo, em 1995; Edílson, Alex, Vampeta e Denílson, em 2000. Que a atual diretoria e comissão técnica tenham essa ciência e a sabedoria para não deixar traumas nos torcedores como aconteceu naqueles anos e com a gestão Bandeira de Mello. Como dito: craques em excesso não é garantia de títulos. E repito: não é?

*Em jornalismo, o lide (em inglês: lead) é a primeira parte de uma notícia. Geralmente o primeiro parágrafo posto em destaque, que fornece ao leitor informação básica sobre o conteúdo.

Por isso, resolvi escrever a coluna desta forma. Para, juntos, chegarmos a uma conclusão. Ou se é que tem uma conclusão sobre o que foi escrito. Como já dito (e reforçando): que diretoria e comissão técnica resolvam o problema crônico da lateral direita.