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Opinião: ‘O inacreditável cartão recebido por Lucas Lima’

Editor do LANCE! opina sobre o cartão amarelo recebido pelo meia na comemoração

Lucas Lima bateu no peito e mostrou seu nome para a torcida. Motivo de cartão? (ANTONIO CICERO/PHOTOPRESS)
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Lucas Lima marcou contra seu ex-time, no qual saiu pela porta dos fundos, e comemorou com bastante vibração, mostrando para a torcida (única) do estádio seu nome escrito na camisa. Torcida santista esta que hostilizava o meia, hoje no rival Palmeiras, durante toda a partida. Nada de anormal até aqui, situação corriqueira para quem acompanha o futebol há algum tempo. O que causa estranheza é o cartão amarelo recebido por Lucas após a comemoração do gol que abriu o placar do clássico desta quinta-feira no Pacaembu.

O meia não desrespeitou os torcedores, não incitou violência, não mandou os rivais ficarem quietos - o que era comum em outro tempos, quem não se lembra de Romário? - e ainda assim foi advertido pelo árbitro do jogo Dewson Freitas da Silva, com cartão que tira o atleta do próximo jogo do Verdão. Lucas Lima, assim como eu, não entendeu nada.

- Ele (Dewson Freitas) falou que comemorei com a torcida, mas é torcida única, não tem o que fazer. Fui para o lado que estava virado, era muita emoção. Bati no símbolo do maior campeão do Brasil. Não entendi - disse o camisa 20 ainda no intervalo.

Não sou daqueles que defendem que o futebol está chato, tão menos defensor do jogador, que ainda não mostrou no Palmeiras o bom futebol que apresentou em certa época no Santos. Mas veja bem, amigo leitor, reveja comigo o lance e me diga o que há de errado nesta comemoração:


- Eu comemorei porque é um jogo importante para mim, importante para o nosso time, é clássico. No gol, você vibra. Ele me deu cartão, mas eu vou comemorar onde? É torcida única. Só se eu sair do estádio. Acho que foi o bandeirinha que fica ali do lado do gol que caguetou - respondeu novamente o meia palmeirense, agora após o fim da partida.

Gol é o momento de explosão máxima, de desabafo, de descarregar sua raiva contra mais de 30 mil rivais que pegam no seu pé durante toda a partida. O que seriam de Viola, Túlio Maravilha, Romário, Riquelme, Renato Gaúcho, Paulo Nunes e tantos outros craques provocadores que alegravam nosso futebol nos anos 90 e 2000? Os mais radicais podem dizer que estariam incitando a violência. Mas que violência se a torcida já é única? E nunca vi nenhuma reação adversa quando os atletas que citei faziam suas graças para rebater os torcedores também provocadores.

Futebol é alegria, paixão, diversão. O torcedor, que vai ainda além e xinga o atleta e toda sua família, tem que aceitar - e sempre aceitou - a resposta do craque em campo quando marca contra o seu time. Como disse e repito, não sou o defensor da teoria 'O futebol está ficando chato demais'. Algumas novas regras vem sim para melhorar o esporte. Mas esta, não consigo entender.