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#LancePelaPaz: torcida única não é solução para conter violência no futebol, diz porta-voz da PM de MG

Tenente Coronel Flávio Santiago afirma que equilíbrio de torcidas tem se mostrado ideal para evitar confusões na capital mineira, e que medida tem de ser analisada caso a caso<br>

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Preocupada com a difusão de fake news que prejudicam a identificação de criminosos em torcidas organizadas, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) não vê a volta da torcida única como medida eficaz para combater a violência no futebol.

Casos de violência no futebol brasileiro e no mundo se somam a cada semana, e o LANCE! começa a partir desta quarta-feira (9 de março) a publicar uma série de reportagens e ações nas redes sociais discutindo, denunciando e apontando soluções para o problema. É o #LancePelaPaz.

- A necessidade de torcida única varia muito e tem de ser analisada caso a caso, mas o problema não está relacionado a isso. Não envolve nem o campo. Os estádios de Minas Gerais estão policiados e bem controlados. Nós temos diversas experiências nos últimos anos, e alguns comandantes acreditam até que é importante haver torcida 'meio a meio', pois quando se tem uma torcida menor, a outra fica muito mais encorajada a praticar atos violentos - disse o Tenente Coronel Flávio Santiago, chefe de imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais, ao LANCE!.

Em dezembro do ano passado, a prefeitura de Belo Horizonte liberou presença de duas torcidas nos estádios após o período de restrições causado pela pandemia de Covid-19. A legislação na capital vinha permitindo apenas torcida única, do time mandante da partida. 

Em São Paulo, onde desde 2016 vigora a proibição de torcida visitante em clássicos por determinação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), casos de violência não pararam de acontecer.

Em janeiro deste ano, a Copa São Paulo de Futebol Júnior foi palco de confusão no clássico entre São Paulo e Palmeiras, na Arena Barueri. Na ocasião, dois torcedores do Tricolor invadiram o gramado e tentaram agredir atletas do Verdão. Uma faca que teria sido arremessada da arquibancada foi encontrada no campo.

Em Minas, a PM avalia que as confusões tem ocorrido com frequência menor em comparação com anos anteriores, e que os casos ocorrem em regiões afastadas dos estádios.

- O problema são os encontros que acontecem em áreas ribeirinhas, de subúrbios, longínquas, refletindo em diversos pontos da cidade. No processo de escolta de ônibus e jogadores, conseguimos garantir a segurança com muita propriedade. São situações extra-campo que promovem esses indivíduos a uma categoria de quadrilha, e não de torcidas organizadas - completou Santiago.

Confusão antes do jogo entre Cruzeiro x Atlético-MG (Reprodução)

Horas antes do clássico do último domingo pelo Campeonato Mineiro, uma briga entre torcidas de Atlético-MG e Cruzeiro deixou um morto e uma pessoa baleada, no bairro Boa Vista, Região Leste de Belo Horizonte.

O torcedor do Cruzeiro Rodrigo Marlon Caetano Andrade, de 25 anos, foi baleado no abdômen. Ele foi encaminhado a uma Unidade de Pronto-Atendimento, antes de ser transferido para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Por lá, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.