"O Palmeiras não tem Mundial". Foi o que se ouviu nas ruas de Lima, bares do Rio e comemorações de atletas do Flamengo. Até Gabigol, o herói do título da Libertadores, cantou a provocação e depois falou sobre o tema. O movimento não é só a reação ao "cheirinho", que Paulo Nobre, ex-presidente do Verdão, caçoou após o título do Brasileiro em 2016 e que foi reforçado pelos jogadores após a conquista no ano passado. É um retrato da polarização atual de forças no futebol brasileiro, em que Flamengo e Palmeiras centralizaram as grandes investidas no mercado, seduziram grandes jogadores e automaticamente se tornaram favoritos em todos os torneios que disputam. O que era apenas uma rivalidade pelo tamanho dos clubes, sem penetração regional, agora é, de fato, uma disputa cabeça a cabeça, encampada por atletas, torcedores e veículos de imprensa. Há outro fenômeno que pende mais para o lado do Flamengo. Enquanto o Palmeiras mantém forte sua rivalidade com Corinthians, São Paulo e Santos, o Rubro-Negro viu esvaziar a concorrência estadual, fruto do abismo financeiro e técnico. Natural que a mira fosse redirecionada. Enquanto Vasco, Botafogo e Fluminense tentam, quase sempre em vão, retomar esta luta, o Flamengo tem hoje inimigos maiores, com sotaque diferente.
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Dia 26/11/2019 09:25