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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 15/12/2017
09:43
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Impossível analisar futebol ou os motivos do fracasso do Flamengo na final da Sul-Americana diante da barbárie presenciada no Maracanã antes e depois da partida contra o Independiente. O dia seguinte foi o momento de contabilizar prejuízos não só materiais, mas humanos. Aquele dano incalculável que provoca traumas em famílias e pessoas inocentes impactadas pela violência. Foi dia de refletir até que ponto a covardia, o desrespeito ao ser humano e a afronta às leis podem chegar no mundo atual.

Imagens exibidas pelo “Jornal Nacional” flagraram um rubro-negro furtando uma pessoa que agonizava no asfalto após ter sido atropelada em frente ao estádio. O dono do veículo apanhou covardemente e também teve objetos tomados. Também foi dia de ouvir as justificativas já esperadas dos envolvidos. O Flamengo culpou os bandidos travestidos de torcedores e cobrou mais eficiência da Polícia Militar, que por sua vez apontou o sistema de venda de ingressos do clube para sócios-torcedores (!!!) como estopim para a confusão generalizada. O jogo de empurra costuma ser o pontapé inicial para aquilo que presenciamos diariamente no Brasil: a impunidade.

Negligência?

Dentre as questões apontadas pelo Flamengo ontem como as causas da selvageria vista no Maracanã, um aspecto é inegável: faltou por parte da Polícia Militar tentar se antecipar aos incidentes que poderiam acontecer. Nas redes sociais, muitos flamenguistas falavam há dias em tentativas de invasão ao estádio. A “vigília” em frente ao hotel do Independiente, e que também terminou em briga, foi convocada via internet. E, o mais óbvio, era uma final de campeonato. Faltou estratégia das autoridades, ou sobrou negligência na hora de monitorar situações de risco às vésperas de uma partida importante.

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