Dia 19/05/2025
20:01
Atualizado há 1 minutos
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O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, desistiu do recurso que havia acionado no Supremo Tribunal Federal (STF) e não voltará a ocupar o cargo de presidência na entidade do futebol brasileiro. Em uma petição enviada ao órgão, Ednaldo fez declarações sobre sua gestão, defendeu suas decisões enquanto esteve à frente do cargo e citou o impacto de sua destituição em sua vida pessoal.

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O ex-presidente da CBF se defendeu contra as acusações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que protocolou a ação que culminou em seu afastamento do cargo. O principal motivo apontado seria a falsificação de uma assinatura do Coronel Nunes, então presidente interino, em favor a Ednaldo assumir a CBF.

- Considerando que a assinatura aposta pelo Sr. Antônio Carlos Nunes de Lima, no documento questionado, é autêntica, conforme demonstra o denso laudo pericial, e que foi o próprio Diretor Jurídico da CBF, Dr. André Mattos (advogado), quem, pessoalmente, acompanhou e colheu a referida assinatura. Ou seja, é fato que a assinatura é verdadeira, tendo sido colhida pessoalmente pelo Diretor Jurídico da CBF, à época - destaca o trecho.

Ednaldo ainda destacou no documento ao STF fatos relevantes, em sua opinião, de sua gestão à frente da CBF e da Seleção Brasileira. A contratação de Carlo Ancelotti como novo treinador da seleção e a renovação de contrato com a Nike, fornecedora de material esportivo, são citadas diretamente pelo ex-presidente na petição.

- Considerando os avanços concretos obtidos durante sua administração, entre os quais se destacam: a contratação do técnico Carlo Ancelotti — considerado o melhor treinador do mundo — para comandar a Seleção Brasileira; a consolidação financeira da entidade, com receitas superiores a R$ 1,5 bilhão e um caixa de R$ 2,6 bilhões ao final do terceiro ano de gestão; bem como a renovação do contrato com a Nike, com projeção de mais de R$ 1 bilhão por ano até 2038 - diz.

Ednaldo Rodrigues foi destituído do cargo na CBF (Foto: Reprodução/CBF)

Pedido para anular decisão do TJ

A defesa de Ednaldo Rodrigues também solicita que a ação movida pelo TJ-RJ seja anulada com o intuito de "restaurar a paz no futebol brasileiro". O texto também destaca o impacto negativo do processo em sua vida pessoal e dos seus familiares, que, segundo alegações da defesa, têm sofrido com acusações injustas e "ações coordenadas e criminosas".

- Movido pelo profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro e, sobretudo, a serenidade de sua própria vida familiar, que tem sido abalada por equívocos públicos, interpretações distorcidas e insinuações injustas, maledicentes e criminosas, orquestradas e coordenadas por diversos grupos, que nunca se contentaram com o fato de o futebol brasileiro ter rompido com oligarquias e de passar a ter transparência e governança - completa.

Ednaldo ainda apela para que a Suprema Corte "deixe para trás" as ações judiciais e reiterou que não tem o objetivo de concorrer à presidência, dando suporte a qualquer novo candidato que esteja à frente da CBF daqui em diante.

- Declara que, em relação às novas eleições convocadas pelo interventor, não estar concorrendo a qualquer cargo ou apoiando qualquer candidato, desejando sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro - diz a petição.

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