Clubes da Série B se preocupam com as categorias de base (Gabriel Tadiotto/E.C.Juventude)
A partida entre Guarani e Avaí, nesta sexta-feira (14), às 19h, marca o início da Série B do Brasileirão de 2023. Além do equilíbrio técnico, a competição se mostra uma oportunidade para clubes aproveitarem e reafirmarem os compromissos com as categorias de base ao lançar jovens promessas no cenário nacional.
Dentre os 20 times desta temporada, apenas sete possuem o Certificado de Clube Formador (CCF), principal documento de especialização na formação de atletas. São eles: Avaí, Ceará, Chapecoense, Criciúma, Ituano, Juventude e Novorizontino. Regulamentado pela CBF em 2012, o CCF premia as equipes que cumprem os requisitos solicitados pela entidade máxima do futebol brasileiro, como assistência médica, psicológica e nutricional, custeamento de transporte e alimentação, uniforme de jogo e treino, frequência escolar e participação em competições.
Responsável pela revelação do lateral Alex Telles e do zagueiro Dante, ambos com passagens pela Seleção Brasileira, o Juventude é um dos times qualificados na formação de atletas. Neste ano, renovou pelo 13º ano consecutivo o Certificado de Clube Formador, reiterando o compromisso com a base. Lúcio Rodrigues, gerente das categorias de base do Juve, destaca a relevância do reconhecimento.
- Temos uma preocupação muito grande com o desenvolvimento dos nossos talentos. Além de servir como uma proteção contra o interesse de clubes do exterior, o Certificado demonstra a responsabilidade e o compromisso do trabalho do Juventude com relação às categorias de base. Envolvê-los em uma competição como a Série B, apoiados pela certificação, nos dá segurança para lançar jovens atletas em grandes torneios -.
O Avaí também está entre os times especializados na formação de atletas. Com o alicerce do Certificado de Clube Formador, Júlio César Heerdt, mandatário do clube, comenta a importância do documento para o posicionamento e o reconhecimento da equipe no futebol brasileiro.
- É de uma importância enorme. Por mais que a gente saiba da qualidade e da seriedade dos profissionais que trabalham no clube, o selo é um reconhecimento disso tanto para os pais dos atletas, quanto para o mercado. É mais uma garantia de que o atleta aqui formado tem uma visão ampliada de sua função e é um ativo que tem valor -.
Pela segunda vez na história disputando a Série B do Brasileirão, o Novorizontino preza pela qualificação e desenvolvimento das categorias de base no país. Em 2023, o elenco sub-20 do Tigre do Vale alcançou as oitavas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, igualando a melhor campanha de sua história, feita no ano anterior. No vice-campeonato da Série A2, que marcou o retorno do clube à elite estadual, mais de um terço (15 de 38) do elenco profissional foi formado por atletas da base.
Júnior Chávare, executivo de futebol da Ferroviária e com experiência com trabalhos voltados à captação e formação de atletas ao profissional, destaca a importância do certificado.
- É fundamental que os clubes se estruturem para ter o CCF, como forma de comprovar a qualidade na formação dos jogadores, pois o investimento é recompensado nos próximos anos. É a validação do compromisso com as categorias de base, cumprindo os requisitos para o desenvolvimento dos jovens atletas -.