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Ao L!, técnico da Juazeirense explica ascensão do clube e avisa que vai ‘propor o jogo’ contra o Palmeiras

Quintino Barbosa, o Barbosinha, contou como o Cancão de Fogo se preparou para disputar esses grandes torneios como a Copa do Brasil e vê vantagem em jogar em Barueri

Barbosinha classificou a Juazeirense como um time que sabe jogar mata-mata (Foto: Site Oficial Juazeirense)
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Neste sábado, na Arena Barueri, o Palmeiras recebe a Juazeirense-BA pela ida do confronto da terceira fase da Copa do Brasil. Com pouco mais de 15 anos de fundação, o clube presidido pelo deputado estadual baiano Roberto Carlos (PV), tem buscado seu espaço a nível estadual, regional e nacional. Contra o Verdão, será mais uma oportunidade de aparecer no futebol brasileiro e o técnico Quintino Barbosa, o Barbosinha, promete "jogar o jogo".

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Em entrevista ao LANCE!, o simpático treinador baiano de 57 anos falou sobre como o Cancão de Fogo se planejou na última década para estar entre as principais forças estaduais e ganhar relevância nacional. No campeonato local, por exemplo, o time foi seis vezes o terceiro colocado (2013, 2015, 2016, 2018, 2020 e 2021) e chegou a conquistar o acesso para jogar a Série C em 2018.

- Isso começa lá atrás, a Juazeirense se torna uma força quando eu assumo pela primeira vez em 2013, junto com o Serginho (Sérgio Fernandes, diretor de futebol) e o Deputado Roberto Carlos (presidente), que a gente começa a planejar um futuro, nós queríamos o acesso até 2018, ou o título baiano até 2018, para isso montamos uma base. O acesso para a Série C veio em 2017, aí conservamos a base e de 2013 para cá eu trabalhei na Juazeirense durante seis anos e mantivemos uma base, essa base vai se fortalecendo, a gente monitora jogadores durante toda a competição, no estado, no Nordeste, e faz reposição dessa base - contou o comandante.

A base relatada por Barbosinha é uma mescla entre jogadores jovens e experientes. Com esses jogadores mais "cascudos" é que se molda um time com características bem importantes para um torneio de mata-mata, como a Copa do Brasil. Foi assim que na edição atual a Juazeirense eliminou o Vasco, e na anterior, em 2021, fez o mesmo com Sport, Volta Redonda e Cruzeiro.

- São jogadores experientes, que tem um lastro de competição, nós temos o Calaça, que já foi goleiro do Goiás, o Baixola, o Clebson, o Ian, o Waguinho, que é o jogador de linha mais velho da equipe. Então é uma base forte, de jogadores mais cascudos, que principalmente em jogos que exigem mais do emocional, do poder de equilíbrio, eles se sobressaem e dão uma tranquilidade, como foi contra o Vasco. Nosso time estava na penúltima posição no Campeonato baiano, nós tínhamos pegado um time que se classificou para a semifinal do Carioca, um time que é campeão de Libertadores, de Copa do Brasil, Mercosul, fizemos o jogo aqui e nos classificamos - relembrou o treinador.

Com essa bagagem e essa ambição, a Juazeirense viaja para São Paulo para enfrentar o Palmeiras, que talvez seja o principal clube no país neste momento. Mas engana-se quem pensa que a equipe baiana irá se fechar e esperar o Alviverde jogar. Segundo o técnico Barbosinha, a ideia é "jogar o jogo" e até propor as ações ofensivas se for o caso. Para o Cancão de Fogo a fé é essencial.

- Agora vamos fazer um jogo com o Palmeiras, sabemos a história do Palmeiras, sabemos de toda a força do clube, mas Deus é o Deus do impossível, você enfrentar uma equipe que é a atual bicampeã da LIbertadores, que é campeão paulista, da Recopa, você sabe a tarefa difícil que é. Tem um treinador competente, mas o jogo é jogado, vamos precisar fazer um jogo de inteligência para que a gente possa jogar o jogo, como foi contra o Vasco, quando achavam que íamos jogar atrás, possa propor o jogo e buscar jogar, ninguém ganha antes, ninguém perde antes. O jogo é jogado.

Veja a entrevista completa do LANCE! com Barbosinha, técnico da Juazeirense:

Como você definiria o time da Juazeirense?
É um time que aprendeu a ser competitivo, aprendeu a jogar, que gosta de jogar esse tipo de jogo, nós já fizemos jogos épicos com o Bahia aqui, e a gente tem um conceito de vida aqui, que é Deus com a gente, a gente é muito firme na nossa fé, então a gente que pode fazer um bom jogo.

Qual é a importância desse jogo para você como treinador?
É uma oportunidade de eu mostrar o meu trabalho em São Paulo, já tive contra o o Corinthians com um time de meninos pelo Bahia de Feira (em 2014) e surpreendemos. O Mano Menezes ficou surpreendido com o nosso time, como nós jogamos, sem dar pancada, naquela época você perdia por mais de dois gols e não tinha o segundo jogo, nós fomos tomar o segundo gol aos 43 do segundo tempo, com um time de moleques, todo sub-20, é a oportunidade de mostrar o porquê de ter sido escolhido três vezes o melhor treinador do estado, ou seja, é esse tipo de ganho, que é muito maior do que o financeiro.

O que significa a possibilidade de ganhar R$ 3 milhões se passar de fase?
Para o clube, a nível administrativo, eu posso te dizer que são dois anos de competição, você segura com tranquilidade dois anos de competição nacional e regional. Mas o ganho maior é o ganho estrutural, de você poder mostrar o trabalho que às vezes você não consegue mostrar a nível nacional o que você faz a nível regional. Então a gente vê o ganho profissional muito maior do que o ganho financeiro, a gente pode mostrar a dificuldade diante de um time como o Palmeiras, mostrar a estrutura, o conceito tático, nível de jogo, com uma forma de jogar que você não vai ter outra oportunidade, isso é o maior ganho.

Qual é a vantagem de não jogar no Allianz Parque?
​Eu trabalhei num clube em que o gramado era sintético, que é o que tem na Arena Cajueiro (do Bahia de Feira de Santana), em Feira de Santana. A dificuldade para nós seria maior a nível de velocidade do jogo. O campo no Allianz se torna mais veloz, um jogo mais rápido, e o Palmeiras tem uma característica de saída rápida, de transição rápida, uma transição do segundo para o último terço muito rápida. A ida para Barueri, também é um jogo rápido, porque o gramado é excelente, mas não tão rápido quanto seria no Allianz Parque. É um ganho para nós na questão de adaptação, porque nós teríamos que ir para Feira de Santana, ficar três dias lá para treinar num estádio parecido. Então a saída do Allianz dá uma tranquilidade maior de não termos o trabalho de locomoção de 400km.

Qual é a perda esportiva para vocês por não poderem jogar* no Adauto Moraes (estádio da Juazeirense)?
​Demais, porque aqui a gente não perde, o time que arranja um empate aqui... É um jogo diferente, um jogo mais pegado, onde você conhece os atalhos, que torna o jogo muito igual, porque tem muito contato, a bola está viva sempre, então há uma perda muito grande, de igualdade e de nivelamento de jogo, você acaba indo para uma situação em que você tem que jogar mesmo, colocar a bola no chão e tem que propor o jogo.

A sensação é não sentir o fator casa 100% a seu favor?
Não vai ser, nem se fosse aqui seria, no jogo do Vasco mais de 80% era torcida do Vasco, mas a questão do campo ajuda bastante, é calor, temperatura mais alta, a umidade, é uma série de detalhes que influenciam no rendimento da nossa equipe e da equipe adversária.

*Para a terceira fase da Copa do Brasil, a CBF pede estádios com capacidade de no mínimo 10 mil torcedores, enquanto o Adauto Moraes tem pouco mais de 7 mil. Dessa forma, a partida será em Londrina, no Estádio do Café, onde há uma enorme torcida do Palmeiras e garantirá uma renda maior para a Juazeirense.