O jornal "AS", da Espanha, voltou a colocar Vini Jr no centro do debate. Em um artigo assinado por Luis Nieto, o veículo descreve o brasileiro como um personagem que desperta leituras opostas dentro do Real Madrid: para alguns, um problema difícil de administrar; para outros, uma peça absolutamente indispensável, e analisa o dilema em que o clube vive.
O Real Madrid e Xabi Alonso agem com cautela estratégica para gerir a instabilidade emocional e o enorme peso esportivo do camisa 7, buscando garantir sua permanência a longo prazo. A renovação de seu contrato, antes do vencimento, é tratada como prioridade máxima. Isso se deve não apenas à sua importância técnica, mas também para evitar que um jogador avaliado em cerca de 150 milhões de euros – um dos valores mais altos do mercado – deixe o clube sem compensação. Contudo, o processo sofreu interrupções nos últimos meses, com dois fatores determinantes nessa mudança de cenário.
O impacto de Mbappé e o novo ambiente de Vini Jr
O AS relata que a chegada de Mbappé foi um divisor de águas no vestiário. O brasileiro, que durante anos foi tratado como o principal protagonista do ataque merengue, teria sentido a mudança de status e o efeito direto da nova hierarquia ofensiva. Ao mesmo tempo, o jornal lembra que Vini Jr enfrentou, nos últimos anos, uma sequência de episódios que desgastaram seu ambiente pessoal e emocional: conflitos com arbitragens, a onda de ataques racistas em estádios espanhóis e a rejeição da France Football na disputa pela Bola de Ouro.
Para o jornal, tudo isso compôs um cenário em que o atacante deixou de ser apenas um símbolo esportivo e passou a carregar um peso emocional que afeta diretamente seu rendimento e seu comportamento.
Outro ponto enfatizado pelo AS é a mudança brusca na rotina do jogador sob o comando de Xabi Alonso. Após anos de protagonismo absoluto com Ancelotti – onde era praticamente intocável e acumulava minutos sem descanso –, Vini Jr passou a conviver com um rodízio mais rígido. Segundo o jornal, o técnico considera o sistema necessário para manter o elenco equilibrado fisicamente, enquanto o brasileiro interpreta a estratégia como perda de protagonismo.
A situação se intensifica, ainda segundo a reportagem, pelo fato de Mbappé não estar submetido ao mesmo grau de rotação, e pelo momento irregular de Rodrygo. Esse conjunto de fatores teria gerado incômodo no atacante, que enxerga a nova gestão como um desafio direto ao espaço que conquistou dentro da equipe.
O AS destaca que o clube preferiu evitar punições públicas para não alimentar tensões no vestiário, apostando no controle interno e em negociações discretas. Para a publicação, a pergunta continua em aberto: Vini Jr é um problema a ser administrado ou uma solução que o Real Madrid não pode perder?
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