A fase do Liverpool é de crise – e, na visão da imprensa espanhola, o dinheiro não trouxe soluções. O jornal "Diario AS", da Espanha, publicou uma análise contundente sobre o momento dos Reds, criticando duramente o desempenho dos reforços milionários trazidos na era Arne Slot. Segundo o diário, o clube “gastou mais de 500 milhões de euros para piorar o time”.

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Na visão do AS, as contratações de Alexander Isak e Florian Wirtz simbolizam o colapso técnico e tático de uma equipe que perdeu identidade. O texto classifica o momento do Liverpool como “um colapso anunciado”, afirmando que o time deixou de ter alma e intensidade desde a saída de Jürgen Klopp.

Quem te viu e quem te vê, Liverpool. A nova era começou com promessas e terminou em decepção. O time campeão da Inglaterra há poucos meses agora é o pior entre os que mais gastaram no mercado europeu”, escreveu o AS.

Isak e Wirtz, do Liverpool, sob pressão

As críticas se concentram principalmente nas duas maiores contratações da temporada: Alexander Isak, comprado do Newcastle por 150 milhões de euros – a transferência mais cara da história do futebol inglês –, e Florian Wirtz, vindo do Bayer Leverkusen por 120 milhões.

O AS cita que, juntos, os dois somam apenas um gol e uma assistência em sete jogos com a camisa vermelha. O jornal ironiza o momento do atacante sueco após a derrota para o Manchester United em Anfield, destacando a repercussão nas redes sociais:

“Harry Maguire marcou um gol em Anfield antes de Alexander Isak”, lembrou o periódico, classificando o início do centroavante como “um dos mais decepcionantes da era Premier League”.

O texto também recorda a falta de ritmo físico do jogador, que passou boa parte do verão europeu afastado dos treinos após forçar sua saída do Newcastle. Para o AS, o investimento de 150 milhões se transformou rapidamente em um peso.

Isak é o símbolo de um time que perdeu o rumo. Contrataram-no como um goleador de elite e, sete jogos depois, ele ainda parece um jogador em pré-temporada”, critica o jornal madrilenho.

O AS reforça que o Liverpool gastou mais do que qualquer outro clube da Premier League na última janela, com reforços que, além de Isak e Wirtz, incluem Hugo Ekitiké, Jeremie Frimpong e Milos Kerkezs. Ainda assim, o time acumula quatro derrotas consecutivas – para Crystal Palace, Galatasaray, Chelsea e Manchester United – e caiu para a metade inferior da tabela. Segundo o periódico, o elenco se tornou “um quebra-cabeça sem encaixe”, e Arne Slot, pressionado, “ainda não conseguiu fazer o vestiário falar a sua língua”.

Isak em treinamento pelo Liverpool (Foto: Darren Staples/AFP)

O Liverpool perdeu a fome que o definia. Falta energia, faltam ideias, falta um norte. O dinheiro não comprou intensidade”, resume o artigo do AS.

O jornal cita ainda o desempenho de Nick Woltemade, substituto de Isak no Newcastle, que vive momento oposto: marcou cinco gols em oito jogos e foi descrito como “o reforço que o Liverpool gostaria de ter”.

Enquanto o Newcastle lucra com a venda e continua a subir, o Liverpool paga caro por jogadores que não rendem. É o retrato do que se tornou o clube: um gigante sem direção.

A análise termina apontando que o Liverpool enfrenta sua primeira grande turbulência na gestão Slot e que o vestiário “já demonstra sinais de impaciência”. Apesar das críticas, o jornal espanhol destaca que a temporada ainda está em seu início – mas alerta: a pressão sobre o elenco e o técnico é “enorme e crescente”.

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