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Hoje na Croácia, meia brasileiro fala sobre adaptação e expectativa dos torcedores locais para a Copa

Renato Escobar Baruffi, mais conhecido como Bady, está atualmente no NK Istra e falou também sobre passagens por clubes no Brasil, como Atlético-PR, Figueirense e América-MG

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Muitos jogadores brasileiros têm o sonho de um dia atuar na Europa, uns deixam o Brasil muito cedo, outros saem já rodados no país. Renato Escobar Baruffi, ou como a maioria conhece, Bady, é um desses atletas que alcançou esse objetivo na carreira. O meio campista, ex-Figueirense e Atlético-PR, joga hoje pelo NK Istra, da Croácia, e conversou com o LANCE! sobre como foi sua adaptação ao país, os clubes que jogou no Brasil e como está a expectativa dos torcedores locais pelo desempenho da Seleção Croata na Copa do Mundo daqui a um mês.

Bady começou a carreira no Rio Preto, onde se destacou na série A2 do Campeonato Paulista de 2010. Chamou a atenção do São Bernardo que o contratou logo no ano seguinte. Desde então o meia foi emprestado algumas vezes, para Santo André e América Mineiro, até ser contratado em definitivo pelo Atlético-PR em 2014 após outro bom Paulistão. No entanto, o meia não teve o mesmo sucesso no Furação e foi novamente emprestado à Ponte Preta e logo depois ao Figueirense, onde realizou uma das melhores temporadas da carreira.

- Tive a oportunidade de jogar em grandes clubes no Brasil, mas no Figueira que tive a oportunidade de ter uma sequência de jogos e eu acho que isso é essencial para qualquer jogador, para que tudo comece a fluir bem. É um clube que tenho um carinho especial, assim como tenho por outros também. Fiz uma boa temporada, com gols, ganhamos jogos contra equipes grandes e logo após minha saída eu recebi as propostas do futebol europeu. - comentou Bady.

Devido a regularidade e aos bons jogos no clube catarinense, Bady despertou o interesse do clube turco Gençlerbirligi, que o contratou junto ao Atlético-PR no início de 2017. No entanto, Bady por pouco não defendeu as cores do Santa Cruz antes de se transferir para a Europa. Vinícius Eutrópio, que trabalhou com ele no Figueirense e comandava o clube coral na época, entrou em contato com o jogador pedindo sua contratação, mas o sonho do brasileiro era jogar em terras estrangeiras.

- O Vinícius é um dos principais responsáveis pelo meu sucesso no Figueirense, me deu confiança para jogar no time dele e conversou comigo, falou que queria que jogasse com ele no Santa Cruz, mas eu já tinha vontade de jogar na Europa, era um desejo meu. As negociações com o Santa eu não tive acesso, não sei o que aconteceu, foi tudo tratado com meu empresário, não tomo par disso. Mas a oportunidade de jogar fora do país era um sonho na minha carreira. - explicou o meia.

Depois das negociações com o Santa não avançarem, Bady chegou à Turquia, disputou nove partidas pelo Gençlerbirligi, marcou um gol e foi emprestado ao NK Istra, no início de 2018. Aos 29 anos, Bady fez boa temporada no clube Croata, disputou 12 partidas do campeonato nacional e marcou um gol importante que evitou o rebaixamento direto da equipe. Um ano e meio longe dos gramados brasileiros, ele comentou também sobre a diferença no futebol praticado entre os países.

- No começo foi muito difícil, principalmente por causa do frio, mas já estou bem adaptado. Fiquei um ano na Turquia e estou há quatro meses aqui na Croácia, os dois estilos de futebol são um pouco diferentes. Na Croácia utiliza-se bastante a força física, é um futebol de contato, já na Turquia existe um pouco mais de técnica e bola no chão, mas não chega no nível técnico do Brasil. - disse o jogador, que complementou falando que pretende dar sequência na carreira no Velho Continente, mas pensa numa volta ao Brasil futuramente.

- No futebol acontece tudo rápido demais, mas no momento eu penso em ficar por aqui, termino meu empréstimo com o Istra agora mas ainda tenho mais um ano de contrato com os turcos, quero fazer uma boa temporada e depois, ao fim do vínculo vemos o que vamos fazer. Tenho vontade de voltar a jogar no Brasil, quero encerrar minha carreira no meu país, onde me sinto bem e onde os clubes abriram as portas pra mim. - declarou Bady.

Pelos clubes onde passou no Brasil, o jogador teve boas passagens e outras não tão marcantes. Teve regularidade e sucesso no Figueirense e América Mineiro, mas não teve sequência por exemplo no Santo André, na Ponte e no seu segundo ano de Furacão. O meia comentou sobre essas breves passagens por alguns clubes e disse que no futebol nem tudo sai como desejado pelo atleta.

- As vezes acontecem algumas coisas no futebol, em termos de negociação, que acabam não dando certo, fui emprestado algumas vezes pelo São Bernardo, fui para o Santo André, voltei, fui emprestado novamente, dessa vez para o América-MG, onde fui muito bem. O Coelho queria ficar comigo, mas não chegou num acordo com o São Bernardo. São coisas que acontecem no meio e temos que buscar novos ares e tentar dar o nosso melhor. Mas não guardo mágoa de nenhum clube, pelo contrário. - falou o atleta do NK Istra.

Por fim, o jogador falou também sobre o clima na Croácia para a Copa do Mundo, disse que a expectativa está em cima dos craques e que o povo local sabe das dificuldades do torneio. A Croácia enfrenta Nigéria, Argentina e Islândia na fase de grupos do Mundial.

- A Croácia tem atletas muito importantes, como Modric, Rakitic, Mandzukic, Perisic, jogadores que atuam nos melhores clubes do futebol mundial. Pelas conversas com os companheiros de clube e comissão, eles sabem da dificuldade, que o grupo é complicado, mas tem expectativa depositada em cima desses jogadores. - finalizou o meia.

*Sob supervisão de Leonardo Martins