Diretor esportivo do Barcelona, Deco abriu o jogo sobre a possibilidade de uma despedida de Lionel Messi no clube catalão. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o dirigente também elogiou o jovem Lamine Yamal, além de abordar temas como a possibilidade do espanhol conquistar a Bola de Ouro e as comparações com o argentino.
No Inter Miami, Messi tem contrato até dezembro de 2025, mas tem uma proposta de renovação em mãos. Apesar da indefinição com relação ao futuro, Deco não poupou elogios com relação a trajetória do argentino vestindo a camisa do Barcelona.
- Não tem como falar de Barcelona sem falar de Messi. É o maior jogador da história do clube. Mais do que os títulos, a história do Barcelona... Não tem como falar da carreira dele sem falar de Barcelona. Não tem como não ser assim. É uma questão natural. Tem que se fazer um jogo, não sei o que, mas tem que acontecer. É o maior jogador da historia do clube, anos jogando em um nível quase impossível de se manter. É obvio que não tem como não falar de Messi e não falar de Barcelona e vice-versa. Tem que se fazer alguma coisa e vai ser feita.
Embora não tenha Lionel Messi, o Barcelona conta atualmente com Lamine Yamal, que é tratado como a maior joia do futebol mundial. Deco não poupou elogios ao novo camisa 10 do clube catalão e comparou o talento do jovem espanhol com o do argentino, mas também com o de Ronaldinho Gaúcho.
- Ele tem um talento diferente. Ele tem o talento dos especiais, esse talento natural. Tinha o Ronaldo, tinha o Messi. Tem esse tipo de jogador que encantou, que encanta. O Lamine tem essa coisa que impressiona. Que você vai em campo e gostaria de vê-lo. Então, acho que ele tem essa aura, sim. Acho que é um jogador que pode marcar uma época.
Apesar de ter crescido vendo Messi no Barcelona, Lamine Yamal tem Neymar como uma de suas grandes referências no esporte. O camisa 10 do clube catalão está concorrendo a Bola de Ouro e é tratado como um dos favoritos ao prêmio.
Veja outros trechos da entrevista com Deco sobre Messi e Yamal no Barcelona
Comparação entre Messi e Lamine Yamal
- As comparações são normais no futebol. Elas são legítimas. Quem gosta de esporte, quem gosta de futebol, quem gosta compara com o que você lembra. Então, essa comparação é normal. Até pelo clube, pela posição, agora jogando com a 10. Mas são diferentes. Eu acho que o Lamine é um menino completamente diferente do Messi. O Messi tem uma outra história de vida. As gerações são diferentes. A forma de lidar com toda a pressão é diferente. Eu vejo ele muito normal para nós no dia a dia. É um menino muito bacana, que tem seus 18 anos. Ele não tem nenhum tratamento diferente. No clube, a gente trata os jogadores da melhor forma possível, bem, tenta ajudar em tudo que é possível. Criar todas as condições para que eles possam render no seu melhor e respeitando a individualidade de cada um. Acho que é impossível você querer com 18 anos pensar que você vai ser 28. Então, eu acho que ele é muito bem preparado. Muito normal, até, para tudo aquilo que envolve o mundo dele.
Concorrência dos jogadores do Barcelona na Bola de Ouro
- Acho que quando você tem jogadores sendo falados para esse tipo de premiação, é sinal que as coisas estão sendo feitas muito bem a nível coletivo. Se o Barcelona não chegasse nas competições como chegou, talvez não teria nenhum jogador concorrendo a qualquer prêmio individual. Também é bom porque é sinal de que o clube recuperou essa capacidade de chamar a atenção do mundo. Eu acho que isso era uma coisa que o Barcelona precisava e tinha que recuperar. Com certeza chegaria uma época em que aconteceria isso. É bom que existam jogadores sendo reconhecidos porque é sinal que as coisas foram bem feitas. O futebol tem essa particularidade desse tipo de premiação, que é assim, funciona assim, não vai mudar. A gente tem que respeitar e ajudar com que os jogadores consigam não perder o foco de uma coisa que só acontece porque vem do coletivo. O que a gente fez ano passado foi importante, foi bonito, foi histórico. É por isso que os jogadores estão nesse tipo de premiação, mas a gente tem que continuar. Sempre falam que fazer história um ano é fácil, fazer vários anos é difícil. Isso precisa de consistência. Eu acho que sim, essa geração, nosso time tem capacidade, tem talento. No dia a dia a gente vê os treinos e a gente sente que tem ambição, tem fome, como a gente diz no futebol. É legal que estejam concorrendo para esses prêmios, mas lembrando sempre que é o coletivo que vai fazê-los disputar essa premiação vários anos seguidos.
Existiria Messi sem Ronaldinho Gaúcho?
- Messi existiria sem ninguém. O contexto em que ele cresceu... Quando você é jovem, você olha, observa. O contexto do nosso vestiário foi importante, porque era um vestiário ganhador, uma galera mais velha. E pra ele foi um aprendizado. O Gaúcho foi gênio, uma capacidade técnica que foi o maior que vi. Obvio que quando você é jovem, você aprende uma serie de coisas. Comportamento, treinos, se inspira em umas coisas. Acredito que o Ronaldo foi importante nesse sentido. Depois, o Messi fez o que fez.
📲De olho no Lance! e no Futebol Internacional. Todas as notícias, informações e acontecimentos em um só lugar.