Julián Alvarez, um dos principais nomes do Atlético de Madrid e da seleção argentina, minimizou a importância da Bola de Ouro ao comentar sua ausência entre os indicados deste ano. Em entrevista ao jornal francês "L'Équipe", o atacante afirmou que o prêmio não define sua carreira e destacou que sua motivação está em jogar futebol, não em troféus individuais.
– Obviamente, é uma honra estar entre os 30 melhores jogadores do mundo e participar de um evento tão importante. Significa que estou fazendo as coisas certas. Estou orgulhoso, mas não me preocupo por não estar entre os 30 indicados; estou fazendo o que amo. Não preciso de elogios para ser feliz. Jogar futebol já é o suficiente para mim – disse o argentino.
Nascido em Calchín, na província de Córdoba, o atacante recordou no mesmo bate-papo uma de suas primeiras experiências no futebol europeu, quando ainda tinha apenas 11 anos e fez testes no Real Madrid.
Antes de firmar seu nome entre os grandes da Europa, ele chegou a treinar com os merengues e participar de um torneio em Peralada, mas decidiu voltar à Argentina. A escolha, segundo ele, foi motivada pela dificuldade de se mudar para a Espanha sem toda a família.
– Treinei no Real Madrid e joguei um torneio que vencemos. Mas para eu ficar, toda a minha família teria que vir morar comigo. Foi uma ótima experiência, mas ainda era cedo para mim – contou.
No River Plate, Alvarez precisou lidar com o ceticismo em torno de seu porte físico. Com 1,70 m, ele relembrou que, nas primeiras avaliações, alguns treinadores duvidaram de que poderia atuar como centroavante. A resposta veio dentro de campo: mobilidade, faro de gol e leitura tática que o transformaram em um atacante versátil.
– Disseram que eu era muito pequeno para ser o camisa 9, mas sempre confiei nos meus pontos fortes. Podia jogar na frente, mais recuado, nas pontas. Sempre me adaptei – lembrou o jogador.
O atacante também comentou sobre seu estilo de vida discreto e a influência familiar em suas decisões. Sem tatuagens ou hábitos comuns entre muitos atletas, Alvarez revelou que o pai sempre insistiu em disciplina e moderação.
– Quando eu era pequeno, meu pai dizia: nada de tatuagens, nada de cigarros, nada de álcool. Cada um faz suas escolhas, mas eu nunca senti vontade. Sou tranquilo e gosto de passar tempo com minha família – explicou.
Passagem pelo Manchester City e escolha pelo Atlético
Antes de chegar à Espanha, Alvarez teve duas temporadas marcantes no Manchester City, onde conquistou títulos e dividiu espaço com Erling Haaland. Mesmo com bons números – 36 gols em pouco mais de seis mil minutos –, o argentino reconhece que a presença do norueguês limitou suas oportunidades nos grandes jogos.
– Tive um tempo de jogo razoável, mas nem sempre nas partidas decisivas. Muitas vezes entrava como substituto – contou o atacante.
A busca por protagonismo foi determinante em sua mudança para o Atlético de Madrid. O argentino revelou que recebeu propostas de vários clubes, incluindo o Paris Saint-Germain, mas optou pelo time de Diego Simeone pela chance de ser peça central em um projeto competitivo.
– Recebi propostas de vários clubes. Escolhi vir para o Atlético porque senti que poderia conquistar meu espaço e dar o meu melhor, graças à oportunidade que me ofereceram – afirmou.
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O próprio Simeone, conhecido por seu estilo intenso, tem sido um dos principais apoiadores do atacante. Segundo Alvarez, o técnico argentino lhe concede liberdade para se movimentar e explorar sua capacidade de decisão.
– Compartilhamos a mesma visão de futebol: paixão, dedicação e vontade de lutar contra dois gigantes. Ele me dá confiança e liberdade total em campo – disse o jogador.
Julián Alvarez chegou perto do PSG e foi ventilado no Barcelona
O desempenho de Alvarez no Atlético tem despertado o interesse de outros grandes clubes. Barcelona e PSG surgem como possíveis destinos, embora o jogador evite se envolver em especulações. Ele confirmou que o time francês chegou a procurar seu empresário, mas reforçou estar totalmente focado em Madri.
– Na Espanha, fala-se muito de mim e do Barcelona. Quando assinei com o Atlético no ano passado, também se falou muito sobre Paris. É verdade que houve conversas entre o PSG e meu agente. Eles demonstraram interesse, mas nada se concretizou. No momento, estou focado no Atlético. Vamos ver o que acontece no fim da temporada – revelou.
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