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Lucas Rossetti, diretor da Liga BFA, fala de caminhos para os times do FA em tempos de pandemia

Em entrevista ao L!, Lucas comentou o sobre o cenário do esporte nesse momento complicado do Brasil e os caminhos que podem ser seguidos

Lucas Rossetti , Diretor de operações da Liga BFA,  deu seu olhar sobre o duro momento da pandemia para o FA no Brasil-(Arquivo pessoal)
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Os desafios do FA no Brasil com a pandemia tornaram a temporada 2021 em uma incógnita na realização das competições no país. O que pode ser feito? Como? E quais caminhos o esporte poderá ter neste e nos próximos anos.

Batemos um papo com Lucas Rossetti , Diretor de operações da Liga BFA , que deu sua percepção desse cenário complexo que o esporte, e o mundo, está vivendo. A torcida é que para a pandemia no Brasil seja controlada com a vacinação, para que a roda do FA volte a girar

Confira abaixo a prosa do dirigente sobre os destinos do Futebol Americano disputado em terras brasileiras.

1- O ano de 2021 pode ter uma demora maior na imunização da população do que se imaginava. As ligas e os times estão prontos para um retorno do esporte de forma presencial?

A Liga BFA segue atuando na parte extra campo nesse período de pandemia, durante esse tempo a BFA atualizou seu estatuto e aumentou o número de associados, conseguiu a aprovação do projeto de Lei do Incentivo federal que está em fase de captação, firmou parcerias importantes com a Embaixada dos Estados Unidos para desenvolvimento de projetos de expansão da modalidade, trouxe a Soul Brasil uma startup focada no desenvolvimento da carreira dos praticantes, firmou parceria com a Isportistics uma startup multinacional de tecnologia para o Esporte além da ALL22 nossa parceria internacional que tem trabalhado na detecção de talentos do FABR e facilitando carreiras internacionais para jogadores atuando na Liga BFA.

Sobre a situação da pandemia a recomendação é de que nesse momento não aconteçam treinamentos presenciais, não existe ainda uma previsão de quando será seguro voltar a jogar e treinar em território brasileiro, temos de esperar a imunização e um cenário seguro para nossos praticantes, treinadores, árbitros e fãs. Tanto os times quanto a Liga tem oportunidades de melhorar sua estrutura e organização fora de campo, isso é seguro e possível de se realizar e essa é o nosso foco.

2- Com esse cenário menos previsível, a temporada deve privilegiar quais competições? E como os atletas podem ser ajudados para que estejam aptos a participar dos torneios?

Ainda é impossível prever o que acontecerá nessa temporada, infelizmente, o FABR depende das vacinas e da segurança para voltar aos treinos e jogos, o vírus não faz nenhuma distinção de competições, não existe uma segurança maior ou menor para os envolvidos em competições regionalizadas, estaduais ou até mesmo na própria cidade. O perigo de aglomeração constante para treinos é o mesmo indiferente do tamanho da competição ou evento.

A melhor forma na visão da Liga de ajudar os praticantes de futebol americano do brasil é continuar nosso trabalho de fortalecimento extra campo da Liga e seguir debatendo com os dirigentes das Equipes na conscientização de que o Futebol Americano está sendo um exemplo muito positivo de disciplina (um dos valores da nossa modalidade) em não executar jogos e campeonatos, esperando a segurança de todos. Cabe a cada liderança envolvida na comunidade o trabalho constante de diálogo em busca da segurança de todos.

3- A pandemia trouxe desafios enormes para o esporte, que ainda busca mais espaços no Brasil? Quais caminhos vê para que haja um objetivo comum entre ligas, times e atletas?

O Futebol Americano no Brasil é uma modalidade jovem, temos menos de 15 anos de prática estruturada e acredito que 2019 foi o melhor ano de toda nossa história, pela primeira vez as equipes (Masculinas e Femininas) estavam todas disputando o mesmo campeonato, sob as mesmas regras e regulamento. Isso criou um padrão de execução de eventos em todas as regiões do Brasil. O desafio agora é dar continuidade nesse processo de equalização, união e oportunidades para as Equipes, esse é o grande desafio da Liga BFA.

Acreditamos que o objetivo de todos é ver futebol americano sendo reconhecido e praticado pelo Brasil inteiro, que mais pessoas possam conhecer a modalidade, tornando no ''FABR'' em um esporte conhecido e cativante para a população brasileira, apesar de termos conseguido grandes avanços nós ainda estamos na fase de construção, desenvolvimento e formação. Cabe a cada uma das esferas executar da melhor forma possível seu papel.

4- O FA nacional tem muitos times e ligas. Um calendário maior, com mais datas é possível para deixar o esporte mais visível pelo público?

Quando falamos em território nacional o Futebol Americano no Brasil só existe a Liga BFA, essa união do cenário é fruto de um trabalho bem feito no qual os times acreditam, não a toa temos mais de 70 Equipes interessadas em jogar a Liga BFA quando ela retornar.

Nosso calendário já é muito grande , dos 52 fins de semana existentes no ano, podemos dizer que 40 estejam ocupados com algum evento de Futebol Americano ou Flag, aumentar essas datas é diminuir ainda mais o tempo de preparação e convívio familiar dos praticantes, algo que a longo prazo não é sustentável.

A difusão do esporte depende de uma ação integrada de todos os envolvidos, é necessária a criação de um vocabulário em português para a modalidade, de criação de escolinhas de futebol americano e categoria de base nas equipes e na parte da Liga uma maior capilarização nos veículos de conteúdo tradicionais.