O futebol, popular em todo o mundo, tem a capacidade de criar histórias únicas entre torcedores. As narrativas, que podem envolver familiares ou amigos, contribuem para aumentar os laços com o esporte.
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Torcedor do Fortaleza, Marcos Antonio Lima vive um amistoso Clássico-Rei em sua própria família. O Lance! falou exclusivamente com o torcedor para conhecer melhor a sua história com o time.
Uma diferença na infância
Marcos nasceu no dia 28 de outubro de 1968, juntamente com Fernando, que é seu gêmeo univitelino. Sob a influência do pai, José Ferreira da Silva, ambos eram torcedores do Fortaleza.
— Torço desde criança, quando comecei a gostar de futebol, com mais ou menos uns 6 anos de idade - conta.
Tal situação mudou quando tinham nove anos. Zeneida Lima da Silva, mãe dos gêmeos, chegou em casa e trouxe de presente para a dupla o "Estrelão", o famoso e popular futebol de botão.
O campo de madeira estava acompanhado de botões do Ceará e do Fortaleza. Marcos se adiantou e pegou os "atletas" do Tricolor, enquanto que Fernando ficou com os do Alvinegro. O irmão, após o episódio, passou a ser torcedor do Vovô.
Um clássico entre irmãos
Assim como seu pai, Marcos nunca se chateou com a mudança de Fernando. O torcedor tricolor destaca a relação harmoniosa, apesar das comuns e saudáveis brincadeiras ligadas às equipes.
— É uma relação tranquila e harmoniosa, sempre soubemos torcer. Claro que rola uma gozação antes e após cada partida, mas sadia e respeitosa. Tem até meu genro que também torce para o Ceará e sempre rolam umas brincadeiras. Hoje dificilmente assistimos juntos - explica ao Lance!.
Marcos frisa que é confundido com seu irmão até hoje e que, durante a infância, o fato era ainda mais comum.
— Já confundiram mais, principalmente quando crianças, mas vez por outra ainda me encontro com alguém que pensa ser o Fernando. Falo, claro, até por educação e por ter a certeza de que conhece ele - relata.
Decisões entre Ceará e Fortaleza
Desde 1996, Ceará e Fortaleza se alternam nas conquistas do Campeonato Cearense. O Ferroviário, bicampeão entre 1994 e 1995, foi a última equipe que conseguiu desafiar a sequência hegemônica.
Além disso, o Clássico-Rei aconteceu em sete das últimas dez decisões estaduais. Tal duelo ocorreu em 2025, com triunfo alvinegro por 1 a 0 na ida e empate em 1 a 1 na volta.
— [Um resultado] frustrante. A expectativa era muito positiva, pois apesar de ser um clássico sempre muito disputado, temos um time no meu entender bem mais superior que o do Ceará. Mas é um clássico né, e sempre é muito imprevisível, até porque são as duas potências do estado - lamenta Marcos.
O 2025 do Fortaleza
A fase do Fortaleza em 2025 é instável, com o vice estadual e a queda na Copa do Brasil. Ciente da situação, Marcos descreve a temporada com certa lástima, mas acredita em uma recuperação.
— Temporada catastrófica, pois nada justifica um início de ano em todas as competições tão ruim. Mas estou confiante em uma recuperação, até pela gestão e pelo comandante que temos. Basta que se tomem urgentemente atitudes para reverter a situação - afirma.
O comandante, Juan Pablo Vojvoda, está entre seus principais ídolos na história do Leão. Clodoaldo e Cassiano, grandes nomes do Tricolor, também são citados.
Depois do mês de pausa para a Copa do Mundo de Clubes, Ceará e Fortaleza disputarão, em julho, mais um Clássico-Rei. Até lá, os irmãos gêmeos seguirão como prova uma de harmonia no estado.