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Grande Premio
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 12/09/2025
20:09
Atualizado há 2 minutos
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Gabriel Bortoleto, primeiro piloto titular do Brasil na F1 desde 2017, falou sobre a responsabilidade de representar o país na categoria. Em entrevista ao podcast oficial "Beyond the Grid", o piloto da Sauber analisou a expectativa da torcida por vitórias e afirmou que encara a cobrança de forma positiva.

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Questionado sobre o comportamento emotivo do público, que espera ver um brasileiro no topo do pódio pela primeira vez desde a vitória de Rubens Barrichello no GP da Itália de 2009, Bortoleto reconheceu o peso da longa espera.

— Existe pressão como em qualquer país. Brasil deve ter um pouco mais que a Inglaterra porque eles tiveram muitos pilotos e campeões. O Brasil é tão emotivo, apaixonado com o esporte, querem tanto o Brasil no topo, que começam a seguir qualquer atleta e colocá-lo como ‘o próximo’, colocam esta pressão — declarou.

Gabriel Bortoleto no GP da Itália de F1 (Foto: Joe Portlock / Getty Images / Sauber Media Hub)

Apesar da pressão, o piloto disse que a interpreta “como algo positivo”, pois sente que recebe o carinho dos fãs na mesma medida. Ele também demonstrou compreender as críticas que, em sua visão, muitas vezes são uma forma diferente de os torcedores expressarem a frustração pela ausência de resultados.

— Aceito como algo positivo porque o apoio é forte, mas quando você tem uma corrida ruim, muitas pessoas te perseguem, criticam, mas é parte do esporte e sempre vai ser assim. Temos amor e as pessoas que não dão amor. É isso que amo no Brasil: somos emotivos, honestos e o que sentimos, jogamos para fora. Sei que muitos que criticam não fazem por mal, eles sentem a dor. Muitas pessoas querem me dar conselhos quando não entendem de esporte a motor, eu tento entender o que estão dizendo porque sempre há algo para tirar — comentou.

Desempenho de Bortoleto na F1

Em sua temporada de estreia, Bortoleto ocupa a 16ª posição no Mundial de Pilotos, com 18 pontos somados em 16 etapas. Seu melhor resultado até o momento foi o sexto lugar no GP da Hungria, última corrida antes da pausa de verão da F1.

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— Sempre foi assim, isso é o Brasil. Como não temos muita oportunidades, ficamos 8 anos sem pilotos, eles querem que eu vença o mais rápido possível. Demora tempo, não acontece em um estalar de dedos. Temos de desenvolver, crescer como equipe e estamos fazendo isso. Vai demorar, mas espero que venha em breve — concluiu.

Fórmula 1 retorna de 19 a 21 de setembro com o GP do Azerbaijão, 17ª etapa da temporada 2025.

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