Os alertas de pancadas de chuva não são surpresa para os fãs de Fórmula 1 durante o fim de semana do GP do Brasil. Por esse motivo, é comum que o público se prepare bem para o tempo ruim e para fortes emoções no Autódromo de Interlagos. De dentro do paddock, esse clima pode não ser bem recebido por todos, mas uma preocupação se torna unânime: o talento de Max Verstappen em pistas molhadas.

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O torcedor brasileiro se acostumou a assistir ao brilhantismo de Ayrton Senna durante corridas na chuva, e os números não mentem. Em toda história da F1, o bicampeão mundial conta com a maior porcentagem de aproveitamento sobre o solo molhado: 55,56 %. Logo após Senna, Verstappen chega na segunda colocação, com 40%, concretizada na história vitória no GP do Brasil da última temporada.

Na época, o holandês não conseguiu melhorar seu tempo rápido no Q2 da classificação devido a um acidente de Lance Stroll e terminou na 12ª posição. Uma penalidade pela troca de motor no início da etapa piorou a situação já difícil de Verstappen. Ele, então, largou em 17º na corrida de domingo.

Com Lando Norris na pole position, como voltou a se repetir em 2025, Verstappen precisava fazer uma corrida perfeita para que a diferença no Mundial de Pilotos não diminuisse mais. Ou, ele podia confiar na sorte, o que aconteceu. A chuva desabou, e o holandês não decepcionou.

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Já na largada, Max rapidamente subiu para a 11ª colocação em uma sequência de ultrapassagens com o dna do holândes. Quando a chuva ficou mais intensa, a parte de cima do pelotão foi chamada para os boxes, mas Verstappen permaneceu na pista. A partir daí, o talento se uniu à sorte.

A batida de Franco Colapinto aconteceu no momento certo para interromper a disputa com o tetracampeão mundial na segunda posição do grid, atrás apenas de Esteban Ocon. Com a troca de pneus feita sem risco de ultrapassagem, Verstappen precisava apenas superar o então piloto da Alpine para assumir a ponta.

E assim foi feito. o veterano da Red Bull foi certeiro para tomar a liderança e conquistar mais uma vitória na temporada de 2024. Esse ano, inclusive, ficou marcado pelos primeiros sinais da dominância dos carros da McLaren, mas não teve jeito. Era tempo de Max Verstappen.

A situação parece ser parecida para este domingo (9). Mesmo sem punição ou problemas técnicos, o holandês não conseguiu passar do Q1 e largará da 17ª colocação. Dessa vez, a sorte pode não vir, mas o holandês ainda conta com toda sua experiência e habilidade nas pistas molhadas a seu favor.

Max Verstappen no GP de São Paulo (Foto: Divulgação/F1)
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