A derrota do Brasil para França, na Copa do Mundo de 1998, é recordada como ''inevitável'' para Roberto Carlos. Convidado do 'Podpah' edição 662, o ex-lateral relembrou de momentos difíceis e quase fatais que antecederam a final e a tornaram praticamente impossível de ser vencida. O ex-jogador também 'culpou' a relação com a mídia brasileira diante do ocorrido com Ronaldo 'Fenômeno', que teve uma convulsão ao seu lado, como um dos fatores de desgaste à época.
- Em 98, perdemos para França porque tinha que perder. Nós tivemos problemas de saúde, problemas de vestiário e eu vi meu amigo morto. Eu não gosto de falar disso, pois falar de amigo meu é fod*, mas eu vi (a cena). Tomara que não tenha isso nunca mais. No Brasil, a Copa foi muito negativa. Na Europa, todos estavam preocupados com o Ronaldo. No Brasil, buscavam problemas em relação à Seleção, sabe? Não precisavam saber o que o Ronaldo tinha, ele quase morreu. Diziam que a Copa estava vendida... é mentira que vendemos a Copa, se tivesse vendido eu nem ia - e prosseguiu:
- Eu tive que dar depoimento: "Olha, às 14h45, o senhor Ronaldo Nazário de Lima teve uma pequena convulsão e eu automaticamente pedi para ele parar de brincadeira, mas quando vi que ele não parava eu levantei normalmente do meu leito com o pé direito e imaginei que no quarto do lado estavam Edmundo e Leonardo. Depois, na sequência, veio o doutor com outros jogadores". Brincadeira pô. Eles estavam buscando problema onde não tinha. Pô, perder a Copa, dar depoimento, Ronaldo quase morto e uma sensação de merd*. Eu desapareci, nem quis aparecer. Não sei se o Ronaldo poderia jogar ou não, mas ele disse: "Pô, cheguei até aqui". Não tínhamos cabeça nenhuma para essa final. Não tinha jeito. O Ronaldo estava muito dolorido, mas ele se sentia bem, era o jogo mais importante - recordou Roberto Carlos.
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RELEMBRE O CASO
Ronaldo Fenômeno dividia quarto com Roberto Carlos quando teve uma convulsão, quatro horas antes do jogo com a França, no dia 12 de julho de 1998, pela decisão da Copa do Mundo. O atacante era tido como um dos maiores astros daquela edição de Mundial e, apoiado em um laudo médico, entrou em campo como titular diante da anfitriã.