Após pedir durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia que os jogadores da Seleção, em especial o atacante Neymar, e o treinador Tite não joguem a Copa América, que será sediada no Brasil, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, enviou uma carta oficializando o pedido por um boicote. O tema chegou a ser debatido internamente pelos atletas mesmo antes da carta. Quem também encaminhou uma mensagem foi o senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), encorajando os jogadores à participarem do evento.
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De acordo com o ge.globo, Tite pode ser despedido do escrete. Em uma rede social, Renan confirmou o envio da carta, reforçando o orgulho dos brasileiros pela Seleção Brasileiro e pedindo que, embora uma taça esteja em jogo, muitas vidas correm risco caso a Copa América seja realizada.
- A Seleção é motivo de orgulho. Disputar a Copa pode até gerar troféu. Não disputar, em nome de vidas, significará sua maior conquista. Impossibilitado de apelar ao bom senso do presidente da República e da CBF, enviei nota aos atletas e à comissão técnica - digitou ele pelo Twitter.
Na carta, ele explica o motivo de a Copa América não ser um bom exemplo nacional. O senador chega a listar pontos "estritamente técnicos, sem qualquer viés político", sob luz da CPI, para que eles não joguem.
- As razões para a realização da Copa América na iminência de uma terceira onda da pandemia no Brasil não correspondem à opção sanitária mais segura para o povo brasileiro - diz ele na nota. Leia na íntegra aqui.
No dia seguinte ao recado de Renan, o senador filho do presidente da República compartilhou um vídeo pedindo que os jogadores entrem em campo pela camisa amarela. Ele acusa um possível boicote como um ato político e diz que o futebol é um "alento" ao povo brasileiro.
- Faço um apelo especial aos jogadores da Seleção Brasileira: não se deixem ser usados em um momento como esse. O Brasil tem toda a possibilidade de fazer esse torneio, seguindo todas as medidas de segurança e restritivas.