Fora de Campo

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Casagrande abre o coração e revela bastidores da luta contra as drogas: ‘Não sentia amor… Não sentia nada’

Hoje, o comentarista do Grupo Globo é exemplo na batalha contra a dependência química

Casagrande ficou meses sem pagar a clínica de reabilitação com a intenção de abandonar o tratamento (Divulgação)
Escrito por

A história de luta contra a dependência química é apenas um capítulo na história de Walter Casagrande. Hoje, o ex-jogador e comentarista do Grupo Globo fala abertamente sobre a relação dolorosa e caótica que teve com as drogas. Nesta quinta-feira (26), Casagrande, emocionado, reviveu bastidores e explicou a relação de prazer e ódio com as drogas.

+ Veja a posição do seu time no Brasileirão

Em participação no programa 'Converse com outras ideias', da GloboNews, o ex-Corinthians afirmou que demorou para assumir o vício e que chegou a deixar de pagar a clínica de reabilitação para ser expulso do tratamento.

- A dependência química é uma coisa muito louca, não é perceptível para o cara que está usando. Eu me olhava no espelho e me via normal. Para mim não estava acontecendo nada. Quando eu fui internado, comecei a fazer o tratamento, fiquei quatro meses relutando - começou Casão.

- Na minha cabeça, ainda muito doente, eu pensei: 'Vou parar de pagar a clínica e eles vão me colocar para fora'. Aí eu parei de pagar. Um mês, dois meses... Me lembro muito bem que o psicólogo Tiago me chamou em outra sala e perguntou: 'Você acha que vale a pena você voltar para a vida que te trouxe aqui ou você acha que merece dar uma chance para o tratamento?' Voltei para a sala e caí no choro - relembrou.

Casagrande ficou um ano internado na clínica de reabilitação. Com altos e baixos durante o processo, o comentarista reviveu suas dores e reconheceu lições tiradas do tratamento contra a dependência química.

- A droga me congelou por muito tempo. Eu não sentia raiva, não sentia amor... Não sentia nada - desabafou o ex-jogador.

- Foi muito forte para mim aquilo. A dependência química era a ponta do iceberg. A droga era uma certa fuga, amortecer aquilo que não quer sentir. Comecei a desenvolver um conhecimento interno, foi necessário. Hoje, aprendi todas as minhas limitações e consegui substituir o maior vício que o dependente tem, que é o pico de prazer que a droga dá. É uma estrada muito difícil... Eu não percebia que eu era dependente químico, falaram para mim [que eu era dependente] - finalizou.