O Fluminense conquistou um resultado importante neste sábado (22), no Allianz Parque, contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro. A equipe segurou o empate por 0 a 0 e, além de garantir mais um ponto, ampliou a sequência de jogos sem sofrer gols sob o comando de Luis Zubeldía.

Desde a chegada do treinador argentino, o sistema defensivo apresenta forte consistência. Em 13 partidas com Zubeldía no Campeonato Brasileiro, o time tem média de menos de um gol sofrido por jogo (0.7) e registra 10,8 finalizações cedidas por partida, sendo apenas 2,8 no alvo.

Por fim, a equipe também controla bem a própria área, permitindo 1,2 grande chance por confronto, o que mostra um sistema compacto e regular.

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A solidez aparece nos resultados: o Tricolor acumula oito jogos sem ser vazado, incluindo empates fora de casa diante de Palmeiras e Cruzeiro e vitórias sobre Mirassol, Ceará, Internacional, Juventude, Atlético-MG e Botafogo.

A sequência confirma a evolução coletiva sob Zubeldía e coloca o Fluminense entre as defesas mais estruturadas do campeonato no recorte recente, com 62% dos 13 jogos do treinador sem sofrer gols.

Zubeldia em entrevista coletiva após Fluminense x Palmeiras (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

Defesa diferente contra o Palmeiras

Zubeldía escalou o Fluminense com um desenho tático diferente. Sem Thiago Silva, a defesa contou com Ignácio, Thiago Santos e Freytes atuando aberto pelo lado esquerdo. Em alguns momentos, o time chegou a se defender com auxílio direto dos atacantes.

Na prática, as escolhas do treinador funcionaram, permitindo ao Fluminense segurar a pressão e levar ao menos um ponto para o Rio de Janeiro.

— Sobre o Freytes, eu falei na coletiva anterior. Foi uma responsabilidade que eu assumi. Eu disse que a responsabilidade era minha. Mas se você deixa o Alan em um duelo individual, dois, três duelos individuais, e você deixa passar... é como dizer "toma, vovó". E em alguma ele poderia chegar tarde, cartão amarelo, e depois vermelho. Então, assumi a responsabilidade, tirei o Freytes e coloquei o Fuentes. O Freytes entendeu. E gostei do Ignácio, da dupla Ignácio e Thiago, porque não tinha me convencido totalmente a dupla Freytes e Ignácio em partidas anteriores. Não os vi com a segurança que eu gosto. Hoje, com Fuentes, Thiago e Ignácio, os vi mais harmônicos, mais controlados, mais fortes. Substituir um excelente jogador como o Thiago (Silva) não é fácil — disse o treinador.

Luis Zubeldía destacou que a avaliação do elenco faz parte do processo natural de trabalho e ressaltou que encontrou um grupo qualificado ao assumir o Fluminense. Segundo o treinador, o time já demonstrava competitividade em diferentes frentes na gestão anterior.

— É um trabalho com a condição de avaliar as possibilidades que se tem dentro do elenco. Quando você tem jogadores, é mais fácil. Quando assumi o Fluminense, declarei que o trabalho do Renato era muito bom, que o elenco era bom, que havia muitos jogadores, e que por isso o time havia conseguido competir na Sul-Americana, na Copa do Brasil, estar entre os oito primeiros. Não me lembro em que posição estávamos quando assumimos, mas estávamos ali, com menos jogos que os demais, e competir no Mundial de Clubes — concluiu.

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