Loucos da Cabeça

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Solidariedade e espírito coletivo preservam empregos no Fluminense

Tricolor é o único dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro que não recorreu à demissão de funcionários durante a paralisação do futebol pela pandemia do COVID-19

Fluminense não precisou demitir funcionários (Foto: Nelson Perez /Fluminense F. C.)
Escrito por

A paralisação do futebol em razão da pandemia do COVID-19 tem causado impactos financeiros em diversos clubes brasileiros. Algumas agremiações precisaram recorrer à redução do quadro de funcionários para salvar as finanças, em tempos de escassez de receitas. No Fluminense, no entanto, medidas drásticas não foram necessárias, até o momento. Tudo graças a gestos de solidariedade a um senso de coletividade demonstrado nos bastidores do clube por funcionários e atletas. 

Os colaboradores do clube foram os primeiros a se mobilizarem internamente, ainda em março, o primeiro mês de suspensão das atividades presenciais. Dirigentes de diversas áreas com salários mais altos se uniram e tomaram a iniciativa de abrir mão de 15% dos vencimentos em prol dos que ganham menos. O gesto emocionou o presidente Mário Bittencourt, que à época agradeceu nas redes sociais. Em ação semelhante, a Comissão técnica do time profissional se mobilizou pela doação de cestas básicas para os funcionários do CT Carlos Castilho.

No mês seguinte, foi a vez dos jogadores aceitarem um acordo para a redução salarial, após negociação encabeçada por Nenê e Digão. Os vencimentos de março tiveram redução de 15%, o pagamento das férias coletivas de abril foi dividido (50% em maio e 50% e mais o terço constitucional em dezembro) e os salários de maio terão redução de 25%. No trato também foi incluída cláusula contratual que permite às partes voltarem a conversar em junho, caso o futebol não seja retomado. 

Odair deu o exemplo

Em live no Instagram no perfil "papotrabalhista", na última segunda-feira, o presidente Mário Bittencourt revelou que o técnico Odair Hellmann foi um dos primeiros no elenco a dar o exemplo e colocar o salário à disposição. O gesto mereceu elogios do mandatário.

– O Odair ajudou muito, é um cara de grande caráter, uma história de vida muito bonita. Foi um dos que colocou seu salário à disposição logo de cara. E os jogadores foram ótimos, humanos, entenderam bastante – afirmou o presidente.

Em contato com o LANCE!, o técnico tricolor confirmou que o espírito de coletividade foi fundamental para que todos entendessem o que era necessário para o clube se manter equilibrado financeiramente. Para o treinador, manter a união é imprescindível. 

– Os profissionais do clube tiveram a sensibilidade e o entendimento dessa situação, com uma mobilização coletiva. Para que a gente minimize as dificuldades desse momento, é importante que todos ajudem de alguma forma. Todos foram, são e seguirão sendo fundamentais neste cenário totalmente atípico que vivemos – analisou Odair.