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Mauricio Luz
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/05/2025
21:38
Atualizado há 1 hora
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Renato Gaúcho aprovou a atuação do Fluminense na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco neste sábado (24), pela décima rodada do Brasileirão. Em entrevista coletiva após a partida no Maracanã, o técnico tricolor rasgou elogios à equipe, que afirmou ser superior ao rival do início ao fim.

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— Desde que eu cheguei no Fluminense, a gente tem a marcação alta, pressão o tempo todo.
E a gente sabia, mais do que nunca, também, que o Vasco gosta de sair jogando, mas não foi por isso. Eu acho que o importante foi a entrega, a atitude que o meu time teve. Hoje, o meu time foi melhor o tempo todo. Logo depois que nós tomamos o gol, nós não desesperamos, continuamos jogando. Aí o Vasco cresceu um pouquinho na partida, uma coisa normal, mas depois nós tomamos as rédeas do jogo novamente, voltamos para o segundo tempo bem. E a gente conseguiu o gol da vitória através do Guga. Eu acho que, se alguém tivesse que ganhar o clássico hoje, seria o Fluminense, por tudo que aconteceu na partida, com todo o respeito ao Vasco — declarou Renato.

— A gente merecia esses três pontos pela entrega, pela dedicação, pelo que os jogadores
fizeram em campo. Nós conversamos bastante ontem no treino tático. Conversamos bastante
hoje na pré-eleição também. Eu gosto sempre de elogiar o meu grupo. Hoje, dei mais um aviso de parabéns pelo que eles fizeram em campo. Então, essa entrega é importante. E o mais importante de tudo também é que nós jogamos na última quarta-feira, voltamos a jogar hoje com vários jogadores diferentes, e a gente manteve o sistema e conseguiu esses três pontos. A gente deu, pelo menos
até então, mais um salto na tabela, que era o objetivo — completou o técnico do Fluminense.

Renato Gaúcho explicou também a decisão de começar com Ganso no banco de reservas. O camisa 10 entrou em campo apenas aos 15 minutos da segunda etapa. Segundo o treinador, houve conversa com o atleta antes da partida, e o meia reclamou de dores.

— Eu gosto de conversar com os jogadores, e o Ganso, depois do problema que ele teve, no jogo em Brasília, jogou os 90 minutos. Ontem chamei ele para trocar ideia, ele disse: "Até gostaria de jogar, mas estou bastante dolorido porque foi o primeiro jogo atuando 90 minutos. Prefiro ficar no banco e entrar no decorrer da partida". Até porque é o desgaste para todo mundo. A cada três dias fica difícil de colocar os mesmos jogadores em campo. Por isso eu sempre digo para os meus jogadores estarem prontos. E hoje foi, de novo, um exemplo com vários jogadores diferentes e a gente conseguiu uma vitória brilhante diante do Vasco — disse Renato.

Confira outras respostas de Renato após Fluminense x Vasco

Influência de Arias no lado direito

— Isso dá uma tranquilidade a mais para eles também. Eu discordo um pouco de vocês. Acho que é a qualidade dos meus laterais também. Não adianta nada o Arias ajudar, abrir espaço, se você não tem os laterais que não têm a condição. Os meus dois laterais-direitos são muitos bons. O Fuentes e Renê do outro lado também. Logo que cheguei, falei para o presidente que de laterais estamos bem-servidos. Renê fez uma grande partida hoje, assim como o Guga. Coloco eles para jogar com total confiança. Mas, voltando à pergunta, é sempre um privilégio para os laterais ter o Arias na frente deles, que dá uma tranquilidade, preocupa bastante o adversário e está em grande fase. Mas volto a repetir, tem a qualidade dos meus laterais que jogam por ali, tanto do Guga quanto do Samuel.

Laterais artilheiros e Paulo Baia

— Eu sempre falo que o jogador tem que treinar forte para jogar forte. Não importa se vai jogar 90, 45, dez, cinco ou três minutos. Ele é pago para correr. Todos os jogadores que coloco tem dado conta do recado. Os que entraram hoje, foram muito bem. E quanto ao Guga e ao Samuel, é a liberdade que dou para eles. São inteligentes, atacam bastante o espaço. Foi assim o Samuel também em Brasília (na Copa do Brasil, penúltimo jogo). Eu não gosto que meu lateral fique fixo e faça somente jogadas de fundo. Se tiver brecha para ir por dentro, ele tem que ir. Essa liberdade eu gosto e eu gosto de ver eles entrando por dentro. Foi assim na quarta com Samuel e hoje com Guga, acertando aquele chute de fora da área. Eu até brinquei com ele depois do jogo: 'eu teria defendido aquela bola'. Tem que tirar um pouco a moral dele.

Thiago Silva e mudança defensiva nos minutos finais

— Thiago é um monstro. Conheço ele há muito tempo, admiro muito como jogador, pessoa, é um jogador extraordinário, um grande amigo. Nós sabíamos que uma das jogadas fortes do Vasco era a bola aérea, não porque tomamos o gol. Ontem, conversei com eles durante o treino tático, treinamos bastante a bola parada justamente por isso, porque eles têm jogadores bons e altos, que cabeceiam bem. Então, no intervalo do jogo eu falei para o Thiago: "Vamos virar esse jogo porque estamos jogando bem". E falei que se estivéssemos ganhando no final do jogo ia colocar o Ignácio: 'você fica por dentro e faz uma linha defensiva de cinco, porque o Vasco vai tentar de todas as maneiras colocar a bola na área'. Essa foi a intenção, fechar a casinha faltando cinco ou sete minutos, mas, principalmente, coloquei o Ignácio em cima de Vegetti, que tem sido um dos principais jogadores do Vasco. Porque uma bola parada, num cruzamento, decide muitos jogos. Lá contra o Atlético-MG, que nós tomamos aquele gol no final do jogo, ele (Ignácio) estava na beira do campo para entrar. Teve três escanteios rápidos e não deu tempo de ele entrar. Se estivesse em campo, nós não teríamos sofrido aquele gol. Acontece, mas hoje não. Já tinha deixado bem claro para o Thiago fazer a linha de cinco e deixar o Ignácio com o Vegetti e foi isso que aconteceu.

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Comandado por Renato Gaúcho, Fluminense bate o Vasco no Maracanã (Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C.)
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