Escrito por Lance!
Quando Marcelo Oliveira divulgou a escalação do Fluminense, muitos olharam de maneira estranha. Sem contar com o lateral-direito Léo, a ideia era repetir a entrada do jovem Matheus Alessandro. A escolha foi por Airton, com Jádson sendo improvisado. A vitória pelo placar de 1 a 0, nesta quarta-feira, no Gran Parque Central, mostrou que o treinador acertou na escolha e a experiência foi um fator importante da partida.
Foi o cenário principal para o Fluminense: os líderes do elenco chamaram a responsabilidade dentro de campo. Júlio César não praticou nenhuma grande defesa nos 90 minutos, mas soube esfriar o duelo quando o Nacional pressionou. Mesmo quando a torcida empurrava a equipe, coube ao goleiro saber o momento de dosar e ganhar tempo.
Talvez por consequência, o Nacional não deu chutes ao gol na partida. Foi a primeira vez desde julho de 2017 - quando foi eliminado pelo Botafogo na Copa Libertadores. Antes conhecido pelos bons números em casa, a equipe uruguaia não conseguiu ser efetiva e pouco assustou, apesar da pressão devido ao controle da posse de bola no segundo tempo.
Gum talvez tenha sido o melhor em campo e foi um personagem da partida. Visivelmente não estava 100% na sua condição física, mas quis ficar dentro de campo durante todo o tempo. Mesmo na metade do segundo tempo, quando Marcelo Oliveira tentou substituí-lo, pediu para permanecer. Foram 11 cortes de cabeça, cinco duelos ganhos e um papel importante de liderança.
O zagueiro foi auxiliado pela boa atuação do trio defensivo. Digão foi outro que conseguiu juntar experiência e eficiência: foram oito cortes e dois desarmes. Ibanez, o mais jovem do trio defensivo, ganhou nove bolas e ficou responsável pela saída de bola. A solidez defensiva foi importante para o Fluminense se manter com o resultado.
Outro setor que subiu de produção com a experiência foi a dupla de volantes. Airton, o escolhido por Marcelo Oliveira, teve uma atuação quase perfeita: seis roubadas de bola, três interceptações - mas um cartão amarelo. Por outro lado, Richard subiu a sua produção: foi 41 passes certos - no primeiro tempo, completou 33, mais que o dobro que qualquer jogador do Nacional (Fucile, 16).
No ataque, Luciano mostrou uma frieza conhecida para marcar o gol da vitória. Soube esperar o momento certo para driblar o goleiro e o zagueiro antes de empurrar para as redes. Apesar de ter apenas 25 anos, é experiente pelas passagens na Europa e ser campeão brasileiro pelo Corinthians. É o ponto de encontro com Everaldo que, apesar de não ter grande atuação, se encontra bem com o centroavante.