O Fluminense foi o clube brasileiro que chegou mais longe no Mundial de Clubes da Fifa. Após eliminar a Inter de Milão e o Al-Hilal, o Tricolor perdeu para o Chelsea na semifinal. Qual foi o balanço do Fluzão na competição? O time volta ao Rio de Janeiro mais forte? O Lance! te responde.
A campanha do Fluminense no Mundial tem tudo para alavancar uma temporada que parecia não ter muitas perspectivas positivas para a torcida tricolor. Além de ter recebido um grande valor de premiação, a Copa do Mundo de Clubes pode deixar heranças técnicas e táticas para o restante do ano do clube.
➡️Autor de dois gols na semifinal do Mundial, João Pedro pede desculpas ao Fluminense
Heranças positivas do Fluminense no Mundial
Várias peças que não contavam com a confiança da torcida voltam de forma diferente da Copa do Mundo de Clubes. Renê, Freytes, Ignácio, Hércules, Martinelli e Nonato são os principais casos. Assim, o elenco Tricolor pode começar a ser visto em um patamar superior ao que era avaliado antes da competição.
Nomes como Jhon Arias, Thiago Silva e Fábio, que já eram unanimidades no time, fizeram um Mundial espetacular e voltam ao Rio de Janeiro em um patamar até maior na história do clube.
Logo depois da eliminação, o atacante Everaldo falou que o Fluminense seria encarado como um clube europeu pelos adversários do futebol brasileiro.
— A gente vai voltar ao Brasil sendo muito visado. As equipes brasileiras vão jogar contra nós de maneira totalmente diferente, porque mostramos o que mostramos aqui. Acredito que vão jogar contra a gente como se fossem jogar contra equipes europeias. A gente ganhou da Inter de Milão, ganhamos de outros times, jogamos com o Borussia Dortmund de igual para igual. Então, as equipes de lá (do Brasil) estão sedentas esperando nos enfrentar com muita força porque querem mostrar que são grandes também — disse Everaldo.
Outra herança positiva que pode ser aproveitada pelo Fluminense pós-Mundial é o esquema tático utilizado por Renato Gaúcho. Após uma primeira fase jogando no 4-3-3, o Flu jogou o mata-mata no 3-5-2. Essa foi a grande virada de chave do time na competição. A entrada de Ignacio na última linha deu uma maior consistência defensiva ao Tricolor, que conseguiu segurar a Inter de Milão e o Al-Hilal. Não se sabe se Renato permanecerá utilizando este esquema durante a maioria dos jogos da temporada, mas é nítido que é uma variação tática importante para os planos do Flu.
O personagem que sai mais forte depois da campanha do Fluminense no Mundial é Renato Gaúcho. O treinador, muitas vezes julgado por conta do seu perfil "boleiro", mostrou que tem muita capacidade na montagem do plano de jogo em função do adversário e ganhou a confiança de praticamente toda a torcida tricolor.
Problemas para o Fluminense pós-Mundial
Logo após a eliminação tricolor, o jornalista Pedro Ivo Almeida, da ESPN, divulgou que Paulo Henrique Ganso teve uma discussão com Renato Gaúcho após ser substituído no intervalo da partida contra o Ulsan, na segunda rodada da fase de grupos. Depois do episódio, o jogador, que não foi bem enquanto esteve em campo, não entrou mais em nenhuma partida da competição.
Outro ponto de atenção para o Fluminense é na posição de centroavante. Apesar de ter feito o primeiro gol na vitória contra a Inter de Milão, Germán Cano não fez um bom Mundial. Everaldo, camisa 9 reserva, também não convenceu e recebeu muitas críticas da torcida, principalmente após a estreia contra o Borussia Dortmund.
No fim, o saldo do Fluminense após o Mundial é extremamente positivo. Com o valor da premiação e com a confiança elevada da maior parte do elenco, o clube pode sonhar com disputas de títulos importantes na temporada.
O próximo jogo do Fluminense está marcado para o próximo dia 17, contra o Cruzeiro, no Maracanã.
➡️Tudo sobre o Tricolor agora no WhatsApp. Siga o nosso canal Lance! Fluminense