Escrito por Lance!
A vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Nova Iguaçu, no retorno do time tricolor, pode ser dividida em duas partes. Na primeira, um time que demonstrou a mesma consciência tática e ímpeto de partidas anteriores. Depois, uma equipe cautelosa e trocando passes sem necessariamente estar em direção ao gol.
Abel Braga fez mudanças na equipe titular visando a partida decisiva contra o Avaí, que vale vaga para a quarta fase da Copa do Brasil, na quinta-feira. E, além das escolhas terem surtido efeito, mostraram que os jogadores do Tricolor têm conquistado uma obediência no esquema montado pelo treinador. Sem o zagueiro Renato Chaves e o atacante Marcos Júnior, o treinador optou por Reginaldo e Robinho. A equipe conseguiu manter o 3-5-2 sem grandes prejuízos e os escolhidos participaram dos dois gols (Robinho deu passe para Pedro abrir o placar e Reginaldo fez o segundo).
O ímpeto do Flu pôde ser visto, inclusive, pelos gols, que não demoraram a sair e, logo de cara, deram vantagem à equipe das Laranjeiras.
Ainda nesta primeira etapa, mesmo quando errava na saída de bola, conseguia recompor a defesa e evitar que Júlio César trabalhasse - levando-se em conta também a fragilidade do adversário.
No segundo tempo, o que se viu foi um Fluminense mais acanhado e sem chegar tanto. Após o gol - gol esse considerado "espírita" pelo técnico Abel Braga - o time até buscou algumas jogadas, mas trocava passes entre o meio de campo e a defesa. A apatia (explicada, depois, por Abel pela não necessidade de se arriscar diante dos jogos importantes que se tem pela frente) fez com que a torcida vaiasse o time.
O que valeu foi a maturidade, mesmo sob os protestos da torcida, que o time manteve para que conquistasse os três pontos e evitasse qualquer dor de cabeça ao técnico para os próximos desafios.
A vitória deu a classificação, de maneira antecipada, ao Fluminense para a semifinal do Campeonato Carioca. Além disso, o Tricolor encaminhou a classificação para o Taça Rio, segundo turno do Estadual.