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Marcio Dolzan
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/07/2025
21:33
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A derrota do Fluminense por 2 a 0 para o Cruzeiro incomodou quase a totalidade dos 45.681 torcedores que foram ao Maracanã na noite desta quinta-feira (17), mas foi particularmente dolorida para um jogador: Jhon Arias. Diante dos mineiros, o colombiano de 27 anos fez o último de seus 230 jogos pelo tricolor carioca. Merecia deixar o estádio que o consagrou campeão da America de 2023 com melhor sorte.

➡️Jhon Arias se torna a 2ª maior venda da história do Fluminense

Arias, ao menos, tentou fazer sua parte nesta quinta. Começou como ponteiro pela direita, quando correu com a bola por entre Kauã Prates e Villalba, mas não conseguiu ser agudo. Aos 23, passou para o lado esquerdo do campo e ganhou Fagner como sombra. Voltou à direita sete minutos mais tarde, mas nada de sossego. Tentou mais uma vez pela esquerda a partir dos 40. Nada feito.

No primeiro tempo, Arias também tentou finalizar. Foram duas vezes, uma por cada lado do campo e ambas com os chutes parando em cima de marcadores. Não estava fácil a vida do ídolo do Fluminense que se despedia.

Para piorar, o colombiano nada pôde fazer quando Fabrício Bruno subiu sozinho para cabecear e abrir o marcador aos 30, ou quando Matheus Pereira achou espaço entre os zagueiros para Kaio Jorge ampliar, aos 35.

Arias, o incansável

Se três mudanças de lado não resolveram nos primeiros 47 minutos de jogo, o jeito foi tentar um meio termo na metade final do jogo. Árias voltou centralizado no ataque no segundo tempo, e foi do meio da área que ele tentou cabecear aos 8, mas foi ao solo em dividida com Kauã Prates. Ele, seus dez companheiros em campo e alguns milhares de torcedores nas arquibancadas pediram pênalti, não marcado.

Passaram-se três minutos daquele lance, a bola já estava no campo de ataque do Cruzeiro e Arias ainda estava indignado com a não marcação. Colou no árbtitro Rafael Klein no círculo-central de campo, franziu o cenho, fez o sinal característico de VAR com mãos… Mas nada.

Voltou, então, a flutuar pelos setores ofensivos. Saiu do meio e foi para a esquerda, sem espaço. Tentou de novo pelo meio, nada. Correu para a esquerda, depois para cobrar falta pela direita. Tudo parecia em vão. 

Quis o destino que a última noite com Arias não fosse a noite do Fluminense.

Mas a torcida, que ao final gritou em coro "olê, Arias!" enquanto ele circulava o gramado do Maracanã aplaudindo seu torcedor, para sempre irá lembrar do colombiano que, ao vestir a camisa tricolor por 230 vezes, marcar 47 gols e dar 55 assistências, ajudou nas conquistas dos Campeonatos Cariocas de 2022 e de 2023, da Libertadores e da Recopa Sul-Americana.

John Arias se esforçou, mas não conseguiu evitar derrota para o Cruzeiro (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)
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