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Críticas de Cavalieri expõem a frágil relação entre diretoria e elenco do Flu

No primeiro ano da gestão de Pedro Abad, diretoria enfrenta difícil situação financeira e, com os atrasos salariais, alguns episódios estremeceram a relação com o elenco principal

Marcelo Teixeira e Pedro Abad foram criticados por Diego Cavalieri (Foto: Nelson Perez/Fluminense F.C.)
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Diego Cavalieri não poupou palavras ao criticar a diretoria do Fluminense na forma de conduzir e comunicar a dispensa de oito atletas. Entre eles, o próprio goleiro, avisado que não fazia mais parte do elenco em 28 de dezembro. O presidente Pedro Abad e Marcelo Teixeira, diretor esportivo da base, foram os principais alvos do camisa 12, que os responsabilizou por sua saída do Flu.

As críticas de Diego Cavalieri expõem a frágil relação entre jogadores e diretoria do Fluminense em 2017, primeiro ano da gestão do mandatário Pedro Abad.

No episódio das dispensas, o nome de Marquinho entre os atletas não foi bem aceito entre os atletas. Isso porque o jogador, identificado com o clube, operou o joelho direito no dia 23 de dezembro, dez dias antes do fim do Brasileirão, e, apesar de estar em recuperação pós-cirúrgica, compôs a lista divulgada.

Na coletiva, Cavalieri deixou isso claro. Sem ser questionado sobre, o goleiro citou o caso de Marquinho em três ou quatro oportunidades, o classificando como "o mais absurdo". A opinião de Diego Cavalieri, hoje na condição de ex-jogador do Tricolor, é semelhante a do atual vestiário do Fluminense.

- Sempre fui ético e profissional e não foi assim da parte deles. O pior foi com o Marquinho, que estava lesionado e mandaram ele embora. Isso, pra mim, foi o mais absurdo. Não houve nem a preocupação de recuperar o atleta. Não tem condição de conversar com esses caras -disse, referindo-se a Abad e Teixeira.

A polêmica lista de dispensa não foi o primeiro episódio da gestão de Pedro Abad que gerou insatisfação do elenco. Relembre dois outros momentos:

Compra de Robinho

Em agosto de 2017, o Flu anunciou a contratação de Robinho. O atacante assinou contrato de quatros anos com o Tricolor, que adquiriu 55% dos direitos econômicos do jogador por dois milhões de euros - cerca de R$ 7,5 milhões. A compra não pegou bem para o elenco, e não era nada pessoal com Robinho.

Na época, o clube devia direitos de imagem aos jogadores, que entendiam que os débitos deveriam ser quitados antes da diretoria acertar com reforços. O Flu havia acabado de acertar a venda do atacante Richarlison para o Watford, da Inglaterra, por 12,5 milhões de euros. O Tricolor embolsou R$ 23 milhões.

Pagamento antecipado a Gustavo Scarpa

Sem conseguir entrar em contato com Gustavo Scarpa durante as férias, o Fluminense acertou parte das dívidas com o meia em 3 de janeiro, data da reapresentação do elenco. A decisão da diretoria visou evitar uma ação do jogador contra o clube na Justiça por conta dos vencimentos atrasados - o camisa 10, porém, já havia movido a ação contra o Flu em 22 de dezembro.

O pagamento de parte dos vencimentos atrasados a Gustavo Scarpa, que não apareceu no clube em 2018, e não ao demais jogadores também repercutiu entre os jogadores, que, apesar dos atrasos salariais, treinaram no CTPA.

O Fluminense deve aos atletas quatro meses de direito de imagem, dois meses na CLT, além de férias e 13º de 2016 e 2017. A promessa da diretoria é de quitar as dívidas até o fim deste mês de janeiro, afirmaram, em recentes entrevistas, o diretor Paulo Autuori e o presidente Pedro Abad.