O corpo de Celso Barros, ex-patrocinador e pré-candidato à presidência do Fluminense, foi velado na manhã deste domingo (16) no Salão Nobre das Laranjeiras. O médico, de 73 anos, morreu no sábado após sofrer um infarto fulminante. A cerimônia reuniu familiares, amigos, ex-jogadores e dirigentes tricolores. O Fluminense decretou luto oficial de três dias e o Time das Laranjeiras atuará de luto no Fla-Flu da próxima quarta-feira (19), que também terá ações em homenagem ao ex-mecenas.
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Entre os presentes no velório estiveram figuras históricas do clube, como Carlos Alberto e Deley, além do presidente Mário Bittencourt, que reforçou o impacto de Celso Barros na reconstrução do Fluminense no fim dos anos 1990. Momento nas Laranjeiras foi marcado por camisa do Fluminense estampando o nome da Unimed
— Primeiramente, um grande tricolor. Um cara que, em razão do grande amor que tinha pelo Fluminense ali no final da década de 90, foi alguém muito importante para o clube. Estão presentes aqui hoje o filho do presidente David Fischer e a esposa do presidente David Fischer, que era o presidente da época, o presidente que aceitou assumir o Fluminense no final de 98, início de 99. Logo em seguida, o Celso se juntou para patrocinar o clube, ainda na terceira divisão. E acho que esse é, sem dúvida alguma, um dos momentos mais importantes da história do clube. Porque, se essas pessoas não tivessem, naquele momento, se juntado, o Celso, o Medeiros, o presidente Horta também, o Parreira, que aceitou assumir o time na terceira divisão. Se essas pessoas não tivessem tomado aquela decisão ali, é óbvio que o Fluminense é eterno, não teria encerrado suas atividades. Mas talvez não tivesse conseguido recuperar suas forças, recuperar as forças de um gigante como é.
Além do luto institucional, o clube já definiu que o Fla-Flu da próxima quarta-feira (19), pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã, terá ações em memória do ex-patrocinador. O time entrará em campo de luto em homenagem ao médico. Ídolo e campeão pelo clube, Carlos Alberto se emocionou ao recordar a relação pessoal que mantinha com Celso Barros.
— Eu sou muito suspeito pra falar, porque ele é como se fosse um pai pra mim. Eu até estava brincando com ele, acho que o último momento de divertimento dele foi comigo. Tô até rouco. A gente cantou, a gente brincou. Ele me proporcionou, e proporcionou pra muita gente, coisas importantes. Um cara extremamente sensível, um cara humano. Ele me deu uma das maiores alegrias dentro desse clube, que foi ser capitão na Copa do Brasil de 2007. Isso eu não vou esquecer nunca. Eu, que fui formado aqui, recebi essa oportunidade dele.
Celso Corrêa Barros era pediatra e construiu carreira de destaque na medicina, ocupando cargos como diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, conselheiro do CREMERJ e diretor da Associação Médica Brasileira.
No futebol, ganhou projeção nacional ao presidir a patrocinadora do Fluminense entre 1999 e 2014. No período em que esteve à frente da empresa, o clube deixou a Série C, voltou ao protagonismo e conquistou títulos importantes: a Copa do Brasil de 2007, os Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012 e os Campeonatos Cariocas de 2002, 2005 e 2012. Por meio da parceria, foram viabilizadas contratações de grandes nomes, como Romário, Edmundo, Fred, Conca, Deco, Thiago Neves e outros ídolos tricolores.
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Anos depois, Celso voltou ao cenário político do clube. Em 2019, foi eleito vice-presidente geral na chapa encabeçada por Mário Bittencourt. A relação se rompeu durante o mandato, e o médico passou a integrar a oposição. Ele era pré-candidato à presidência do Fluminense para o triênio 2026–2028 e faleceu justamente no dia limite para homologação das chapas.
