Flapress

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Rueda pode ser o 2º estrangeiro a ganhar um torneio nacional no Brasil

Treinador colombiano começa a decidir a Copa do Brasil nesta quinta-feira e tem a chance de repetir o que somente o argentino Carlos Volante conseguiu, pelo Bahia, em 1960

(Foto: Reprodução)
Escrito por

Reinaldo Rueda começa nesta quinta-feira a decidir o primeiro título como técnico no futebol brasileiro, no Maracanã. E o palco da partida de ida da final da Copa do Brasil entre Flamengo e Cruzeiro é o mesmo em que o único treinador estrangeiro conseguiu levantar um caneco nacional no país.

Carlos Martin Volante era o treinador do Bahia na terceira partida da final da Taça Brasil de 1959 contra o Santos, na terça-feira de 29 de março de 1960. O argentino comandou o Tricolor baiano na vitória por 3 a 1, no tira-teima entre as equipes. Rueda pode ser campeão do torneio com apenas três partidas sob o comando do Fla na Copa do Brasil. Volante também viveu situação semelhante, afinal ele só comandou o Bahia no terceiro duelo decisivo.

Efigênio Bahiense, o Geninho, era o treinador dos baianos no fim de 1959, quando os dois primeiros confrontos contra o Santos aconteceram. O Bahia levou a melhor na Vila Belmiro (3x2), mas perdeu na Fonte Nova (2x0) e por isso um novo duelo se fez necessário. O problema é que a falta de data no fim da temporada inviabilizou o terceiro jogo. Na virada do ano, o Peixe teve compromissos no Campeonato Paulista e em uma excursão no exterior, por isso a finalíssima da Taça Brasil só aconteceu no mês de março, quando Geninho, por questões particulares, já havia deixado o comando para Carlos Volante. O ex-treinador era policial no Rio de Janeiro e voltou para a cidade, indicando Volante para o cargo.

O confronto no Maracanã contou com 17.330 pagantes e não teve Pelé. O Rei foi desfalque em razão de uma operação de amígdalas. Coutinho abriu o placar para o Santos, porém o Bahia virou com Vicente, Léo e Alencar e o treinador argentino sagrou-se campeão nacional no Brasil e até hoje é o único a conseguir o feito. Rueda começa nesta quinta-feira o caminho para, quem sabe, também se juntar a Carlos Martin Volante.

Volante (centro) com a taça (Foto: Reprodução)

Ligação com o Fla e nome vira posição
O argentino teve passagem vitoriosa como jogador do Flamengo, clube em que encerrou a carreira e foi três vezes campeão carioca (1939, 1942 e 1943). A maneira em que atuava na faixa do campo e a qualidade em levar a bola ao ataque fizeram com que o sobrenome virasse a posição conhecida até hoje no futebol brasileiro. Ele nasceu em 11 de novembro de 1910, em Lanús, e começou a carreira no time da cidade, passando por San Lorenzo e Veléz Sarsfield. Na Europa, jogou na Itália por Napoli, Livorno e Torino, além de passagem por Rennes e Lyon, na França. Além do Bahia, comandou Internacional e Vitória. Volante morreu aos 76 anos, em Milão (ITA).

Jogadores do Bahia com o troféu (Foto: Reprodução)

FICHA TÉCNICA:
BAHIA 3 X 1 SANTOS
Data: 29/3/1960
Torneio: Taça Brasil 1959 - terceiro jogo
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Frederico Lopes (RJ)
Assistentes: Wilson Lopes de Souza e Aírton Vieira de Morais (ambos do RJ)
Renda e público: Cr$ 642.703,00 / 17.330 pagantes
Cartões vermelhos: Vicente (Bahia), Getúlio, Formiga, Dorval e Coutinho (Santos)
Gols: Coutinho, 27'/1ºT (0-1), Vicente, 37'/1ºT (1-1), Léo, 2'/2ºT (2-1) e Alenca, 31'/2ºT (3-1)
BAHIA: Nadinho, Nezinho, Henrique, Beto, Vicente, Flávio, Mario, Marito, Alencar, Léo e Biriba. Técnico: Carlos Volante.
SANTOS: Lalá, Getúlio, Mauro, Formiga, Zé Carlos, Zito, Mário, Dorval, Pagão (Tite), Coutinho e Pepe. Técnico: Lula