Um dos protagonistas do Flamengo fora das quatro linhas durante o Mundial de Clubes 2025, o diretor esportivo José Boto foi o entrevistado do dia no tradicional jornal italiano La Gazzetta dello Sport. De origem portuguesa e com passagens por Benfica, Shakhtar e PAOK, Boto falou sobre o projeto ambicioso do clube carioca, revelou detalhes sobre o interesse de clubes italianos em Wesley, lateral-direito revelação do time, e surpreendeu ao declarar que gostaria de contar com Vlahovic no elenco rubro-negro.
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- Juventus e Roma querem Wesley, mas não o vendemos por menos de 30 milhões de euros. Ouço falar em 20, mas isso não é suficiente. Ele está pronto para a Europa. É um grandíssimo talento - afirmou Boto à Gazzetta.
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O dirigente ainda comparou o jovem com outro brasileiro que atua no Campeonato Italiano:
- Wesley é mais rápido que o Dodô, da Fiorentina. Ataca melhor que defende, mas é tão veloz que sempre consegue se recuperar. Como todo lateral brasileiro, é ofensivo.
Flamengo entre os grandes do mundo
Com 100% de aproveitamento no Mundial até aqui, o Flamengo já garantiu vaga na fase eliminatória e se destaca como um dos principais clubes não europeus da competição. José Boto ressaltou o peso da participação rubro-negra e destacou a força do elenco:
- Temos cinco jogadores na seleção do Ancelotti, um faturamento de 280 milhões de euros, e fora da Europa só o Al Hilal está no nosso nível. Depois vêm River e Palmeiras.
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Sobre a contratação de impacto feita pelo clube para o Mundial, o meio-campista Jorginho, Boto destacou o fator emocional:
- Tentamos contratá-lo em janeiro. Ele nasceu no Brasil, mas nunca tinha jogado aqui. É um exemplo de mentalidade e profissionalismo, influencia positivamente o grupo — assim como Danilo e Alex Sandro.
Vlahovic e o sonho do Milan
Perguntado sobre qual jogador da Juventus gostaria de ver no Flamengo, Boto foi direto:
- Por aquilo que precisamos agora, pensaria em Vlahovic. O problema não seriam os valores, mas sim convencer jogadores desse nível a virem para o Brasil. No futebol, nunca diga nunca.
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Questionado se aceitaria trabalhar em algum clube da Itália, o diretor não escondeu o desejo:
- Gostaria de trabalhar no Milan, mas eles acabaram de contratar o Tare. Ainda assim, o futebol italiano é o mais difícil taticamente, os técnicos italianos são excelentes.
Douglas Luiz, Conceição e o futuro
A entrevista também abordou outros temas relevantes do cenário europeu. Sobre Douglas Luiz, que ainda não deslanchou na Juventus, José Boto foi direto – disse ter ficado mais surpreso com a contratação do que com a falta de rendimento do meio-campista brasileiro.
Em relação à possível compra de Francisco Conceição, emprestado pela Juventus junto ao Porto, o dirigente avaliou que tudo dependerá da visão tática de Igor Tudor – na sua análise, Conceição é um extremo, e não um meia central, como tem sido utilizado em alguns momentos.
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Quando o assunto foi os jovens talentos que despontam no futebol mundial, como Estêvão, do Palmeiras, e Mastantonio, da Roma, Boto adotou cautela – reconheceu que ambos já podem ser considerados "top", mas ainda não atingiram a prateleira mais alta do futebol.
Por fim, ao falar sobre a tradição de Portugal na formação de jogadores, o diretor esportivo destacou que o diferencial está no método – a técnica individual é tratada como prioridade absoluta nas categorias de base, seguida do entendimento do jogo, dois pilares que, segundo ele, explicam o sucesso internacional de tantos atletas portugueses.