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Mauricio Luz
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/05/2025
00:28
Atualizado há 1 minutos
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Técnico do Flamengo, Filipe Luís optou por começar o duelo com a LDU nesta quinta-feira (15) com Pedro no banco de reservas. Em entrevista coletiva após a vitória por 2 a 0 no Maracanã, o treinador explicou que, apesar de estar liberado pelo departamento médico, o atacante não está no mesmo nível físico dos companheiros.

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— O Pedro fez um grande jogo contra o Corinthians, mas existe uma coisa que é a alta médica, que o Pedro está liberado para jogar, mas não existe mágica. A alta competitiva, jogar a cada três dias, estar no nível dos companheiros, isso é outra história. E o Pedro não está no nível dos companheiros fisicamente. Ele não está — explicou Filipe.

— Eu sou o que mais quero colocar o Pedro. Eu sou o que mais estou desejando o Pedro chegar na sua forma física ideal para jogar com o modelo de jogo que pede, que todos sabem o que eu peço. Para jogar dessa forma, a gente precisa de todo mundo 100%. E o Pedro não está 100% fisicamente. Não está, a gente nota, e depende dele. Depende dele cada dia treinar e cada minuto que ele tiver, aproveita, para ele poder estar no nível dos companheiros e ter cada vez mais minutos. Eu sei que ele é o melhor, e assim que ele estiver no mesmo nível físico que todos os outros, com certeza ele vai estar no campo porque todo mundo sabe da qualidade do Pedro — completou o técnico do Flamengo.

Filipe Luís voltou a abordar a questão ao ser questionado se enxerga o camisa 9 atuando ao lado de Arrascaeta, atual artilheiro da equipe, por conta da marcação alta exigida pelo modelo de jogo do treinador. Ele relembrou outras temporadas em que a dupla jogou junta e elogiou a forma física do uruguaio.

— Obviamente que eles podem jogar juntos, eles jogaram em 2022, fomos campeões juntos, com o Gabi na equipe. Jogaram juntos agora esses jogos e o que nós temos que ver é como o Arrasca está correndo, como o Arrasca está na melhor forma que eu vi nos últimos cinco ou seis anos. O Pedro precisa chegar nessa forma. A hora que o Pedro chegar na forma física ideal, nos seus 100%, ele vai nos dar o que a equipe precisa. Todo mundo pode fazer. Só precisamos que ele esteja do mesmo nível físico que os seus companheiros no dia a dia — analisou o treinador rubro-negro

O técnico do Flamengo explicou, ainda, a condição física de Gonzalo Plata. O equatoriano não entra em campo desde a vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil, no último dia 1º.

— O Plata teve um edema ósseo. Não sei, um gesto estranho no joelho contra o Vasco e teve um edema ósseo e teve muita dor nessa primeira semana. Viajou para (enfrentar) a LDU, não conseguiu jogar, conseguiu se recuperar, e a dor dele melhorou toda. Então, teve minutos contra o Botafogo, foi espetacular como ele jogou, mas voltou a ter dor — explicou Filipe Luís.

— O joelho é um tema muito delicado, uma coisa que pode perdurar para vida dele. Realmente, ele etá com dor, ele não está conseguindo performar, está muito frustrado. É um cara que ama treinar, um cara super alegre, feliz e divertido. Hoje a gente vê, quando ele está na maca, que ele tá triste. Então, precisamos que ele se recupere o antes possível, porque sabemos do importante que é esse jogador para a gente — completou o técnico do Flamengo.

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Técnico do Flamengo, Filipe Luís durante duelo com a LDU, pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores 2025 (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)

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Intensidade diante da LDU

— Hoje os jogadores de frente não deixaram a LDU jogar em nenhum momento. Eles não passaram do meio-campo no primeiro tempo. É um time que se você estudar, eles jogam, como fizeram no segundo tempo.

Desempenho do Michael

— Michael é um jogador que dá tudo que tem para a equipe. Sempre escutei os torcedores falarem "queremos raça", "queremos gente que corre, quando não der na bola vai na vontade". E ele tem tudo isso. Começou o jogo muito bem. Nas primeiras decisões a gente sabe que a torcida está esperando. Aí começou a pegar no pé, ele foi ficando mais nervoso. Mas não temos que esquecer o que o lateral da LDU sofreu com ele, tanto que foi substituído. O Michael machucou muito aquele lado. Falta o terço final, o último passe, a tomada de decisão? Sim. Ele sabe, treina, é o cara que mais fica fazendo complemento todos os dias. A hora que a bola entrar e ele conseguir se soltar um pouco mais, ele tem. Em 2021 ele quase foi artilheiro do Brasileiro. Eu tenho de tentar ajudar ele a recuperar isso. É um jogador que deixa tudo que tem pelo Flamengo.

Nível do Gerson

— Primeiro, o Gerson se sacrifica muito pela equipe. Nos jogos que vocês podem ter visto ele abaixo, no jogo da altitude contra a LDU, foi o que mais correu. Muitas vezes ele tem que pressionar o zagueiro e depois voltar para ajudar o Wesley baixo. Ele dá possibilidade de ganharmos o meio de forma qualitativa. Onde jogar será um jogador importante. Com os desfalques, ele jogou de volante. Não estava acostumado há um tempo, mas posso contar em qualquer posição. Estou muito feliz porque hoje o jogo do Gerson, o sacrifício, foi recompensado e merece ser elogiado.

Gerson pelo meio e Luiz Araújo titular

— Eu sempre penso em escolher os melhores para poder montar um plano que possa machucar o adversário. O Luiz tem gol, tem assistência, gera perigo perto da área. Sempre que vou analisar um adversário, nem duvidei em colocar o Luiz. Falei que me sentia orgulhoso dele por depois de ficar fora por alguns jogos, ele entrou no minuto dez e correu de forma bonita. O futebol devolve. O cara que treina como ele todo dia, se frustra quando erra. Sei que posso começar com ele ou entrar no segundo tempo. O campo falo e tem jogador que bate na porta.

Rodrigo Caio como auxiliar técnico

— Primeiro agradecer o Daniel Alegria que estava comigo desde o começo no sub-17. Me acompanhou nessa trajetória e ajudou muito, mas eu entendia que precisava de uma mudança. Comentei com o Boto e em um perfil diferente. Como vocês bem imaginam, eu e Boto conversamos todos os dias durante horas, horas e horas. É um cara que ama falar de futebol e estar com os treinadores com quem trabalhou, eu também gosto de perguntar coisas a ele, sou inquieto. Ele até liga para outros treinadores para eu perguntar coisas de tática, nos ajudamos muito e ele me deu a opinião e alguns nomes para completar essa vaga. Quando escutei o nome do Rodrigo aprovei na hora porque conheço a pessoa, o caráter e o profissional que ele pode ser. Ainda é novo, tem muito a aprender e veio para somar na parte do clube. Estamos felizes com a chegada, é um impacto grande, os jogadores respeitam muito uma pessoa íntegra como o Rodrigo e com a história que ele tem. E, sim, está ajudando também nas bolas paradas junto com o Marcinho, nossos analistas. As jogadas foram preparadas e treinadas, às vezes saem os gols, às vezes não. Também fizemos gols com o Alegria. Sentia que precisava dessa troca e o importante é agradecer ele aqui.

O que pode melhorar

— Vencemos e nos colocamos com possibilidade de passar de fase em uma Libertadores que até então vinha sendo ruim. Sempre penso que você tem que demonstrar dentro do campo que realmente quer ganhar essa competição. Acho que hoje a equipe passou essa mensagem. No primeiro tempo passamos para a própria competição que não queremos ser eliminados, queremos chegar o mais longe possível, à final. O único caminho é esse. Levando do jeito que a equipe fez a intensidade e a vontade. O sacrifício. É a palavra para mim. O sacrifício que eles levaram a campo passou uma mensagem para a própria competição que queremos seguir vivos nela. Temos muitos aspectos no que melhorar todos os jogos. Vamos analisar amanhã de manhã o que melhorar e preparar o jogo do Botafogo, que é completamente diferente. Todo jogo nos dá um guia para seguir.

Clássico contra o Botafogo

— Vai ser um grande jogo. Jogo duríssimo, dificílimo. Eles têm um dia a mais de descanso. Não serve como desculpa. Temos de ligar o maquinário o mais rápido possível da recuperação, que esses jogadores possam se recuperar e chegar bem nesse jogo de domingo. Claro que os mais jovens se recuperam mais rápido. Os jogadores com mais de 30 vão ter uma certa dificuldade, mas tenho certeza que vamos chegar bem no jogo.

Ancelotti na Seleção

— Dar as boas-vindas para ele. Já jogamos contra, jogamos jogador bastante vezes contra ele. Nos ganhou até uma final da Champions, então é um cara que vem com o respaldo todo para tomar as decisões que ele tem que tomar e que queira tomar. Não podemos nos enganar no melhor futebol, tá? Os melhores jogadores estão lá, as melhores competições estão lá, os melhores treinadores estão lá. Essa é a verdade e nós temos muito o que aprender do futebol europeu. Então muito bem, muito bem que ele venha para cá e viva o futebol brasileiro que não é fácil para ninguém. Então, que ele possa nos ensinar, que nós possamos dar a sua experiência, que ele possa vencer e que ele possa trilhar o caminho de vitórias ali na nossa seleção que está num momento muito conturbado politicamente. Precisamos de uma estabilidade, precisamos de alguém que tenha esse carisma aí. E que seja bem recebido por todos nós que, sem dúvida, precisamos muito de ajuda para continuar evoluindo e melhorando o futebol e tudo, em geral.

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