Filipe Luís, claro, ficou satisfeito com a vitória do Flamengo por 3 a 2 sobre o Santos neste domingo (9), no Maracanã. Mas o treinador rubro-negro se mostrou bastante contrariado com os dois gols sofridos pela equipe na reta final de jogo, que por muito pouco não fizeram o time deixar dois pontos para trás.
➡️Melhores momentos: Flamengo vence, afunda Santos e mantém viva briga pelo Brasileirão
— Eu odeio sofrer gol. É uma coisa que vocês me conhecem bem, eu prezo muito pela fase defensiva da equipe. Dou muito valor a isso, acredito firmemente que a defesa é a melhor arma pra poder ganhar um campeonato — disse Filipe Luís, logo após o jogo no Maracanã.
O técnico do Flamengo disse que os gols devem "servir como lição" à equipe, mas descartou que o time esteja passando por uma fase de oscilação defensiva. Na opinião de Filipe Luís, os gols sofridos nos últimos jogos foram em contextos distintos. Os deste domingo, por exemplo, foram "infantis".
— Cada gol que tomamos foram em contextos diferentes. Jogamos contra o Palmeiras, tomamos gol com um a menos, o 3 a 1, e depois o Palmeiras fez um gol no último minuto. Contra o São Paulo tomamos um gol por erro nosso, e um gol com um a menos, outra vez. E hoje tomamos dois gols de uma forma infantil.
Outros trechos da entrevista de Filipe Luís após Flamengo x Santos
Período de Data Fifa
— Precisamos muito ter tempo de treinamento. Vamos ter aí muitos convocados, muitos jogadores que não vão estar nesses treinamentos, porque é preciso recuperar comportamentos, preciso recuperar conceitos que foram se perdendo nesses últimos jogos. E hoje (domingo), em determinados momentos do jogo, eu não me reconheço quando eu vejo a minha equipe se partir ou acelerar tanto o jogo, do jeito que foi, principalmente no primeiro tempo. Eu preciso urgentemente ter tempo pra treinar, pra recuperar esses conceitos e que a equipe jogue do jeito que eu quero que jogue.
Gols sofridos
— Primeiro que eu odeio, odeio sofrer gol. É uma coisa que vocês me conhecem bem, eu prezo muito pela fase defensiva da equipe. Dou muito valor a isso, acredito firmemente que a defesa é a melhor arma pra poder ganhar um campeonato; ter uma defesa sólida, uma defesa boa. Nos custou muito chegar aqui com esses números tão baixos de gols sofridos. E esse susto, podemos chamar assim de susto, que nos sirva de lição. No Campeonato Brasileiro, e talvez no futebol mundial, se você baixa os braços, aguarda um minuto, custa muito caro. A gente já sabe disso, então já falei pra eles. Não me preocupa, porque é um caso assim à parte, mas sim me machuca, eu repito. Odeio que aconteça isso.
Gols que o Flamengo têm sofrido no fim dos jogos
— Contra o Estudiantes tivemos a expulsão injusta do Plata. Nós estávamos dentro da área do Estudiantes para fazer o terceiro gol, tivemos chances e tivemos uma expulsão injusta. Então não é justo também falar sobre isso. Hoje é um caso à parte. Hoje estava 3 a 0, faltava, não sei, era no minuto 42 e tomamos um gol. E aí nós temos que tentar entender o momento que está acontecendo no campo, que é o Santos pressionando, o Santos vindo roubar a bola, como foi o gol do Carrascal, não é mais no pé, é no espaço. E os jogadores têm que entender isso dentro do campo. Esse é o meu trabalho, fazer que eles entendam, e acabamos chamando mais a pressão do Santos, que estava, claro, acreditando, estava em um momento melhor, e acabamos sofrendo. Não diria apagão, mas que esse susto sirva para que os jogadores entendam que o jogo só acaba quando o juiz apita.
Defesa está oscilando?
— Todos os erros que se cometem são corrigidos, tentamos corrigir durante a semana. Como eu falei, os gols não estão se repetindo da mesma forma, não existe um padrão, existe um contexto, e o contexto de jogo a jogo, todo jogo é diferente, todo adversário nos coloca em diferentes situações, algumas resolvemos melhor, outras não tanto, e também pelo momento de pressão da temporada. Por isso, porque são adversários diferentes, não é oscilação.
Notícias sobre 'noitadas' de jogadores
— Bom, primeiro que o controle que nós temos sobre o jogador é o momento que ele passa no clube. Esse é o nosso controle que nós temos sobre ele. Aí nós controlamos tudo, desde sono, desde a parte física, recuperação, damos todo tipo de treinamento. Essa é a parte que nós podemos controlar. Fora dali, cada um tem a sua vida, cada um faz o que quiser. O meu trabalho é identificar o rendimento dele no campo, tanto dentro dos treinamentos, como eles estão treinando e estão performando, para eu poder escolher os jogadores que vão a campo e depois o rendimento deles dentro do jogo. E a partir daí, eu costumo falar sempre, o campo fala, os melhores vão jogar. E se algum jogador se desviou, com certeza ele vai baixar o rendimento e ele vai perder o lugar dele na equipe. Então, no caso, a minha preocupação maior é com a equipe. Espero sempre que todos os jogadores sejam o mais profissionais possíveis, sejam profissionais 100%, simplesmente, para poder performar e colocar sempre o Flamengo acima de tudo.
