Se comemorar gols foi uma rotina da torcida do Flamengo no início da temporada, com os bons números da equipe no setor ofensivo, o mesmo não se pode dizer das últimas partidas, quando marcou apenas um gol de bola rolando em 327 minutos. A situação do ataque já começa a gerar críticas internas e externas, sobretudo após as recentes partidas ruins de Emerson Sheik e Marcelo Cirino.
Ultimamente, o discurso tanto do técnico Muricy Ramalho quanto dos jogadores tem sido de expor publicamente o desgaste devido ao excesso de jogos – são três competições simultâneas (Estadual, Primeira Liga e Copa do Brasil) – e viagens, já que o Rubro-Negro tem rodado o país para jogar. Ainda assim, o fato é que a equipe venceu apenas um dos últimos quatro jogos e não marca sem ser de bola parada desde o empate com o Figueirense, pela Primeira Liga, há duas semanas. Titular na ausência de Mancuello, o meia Ederson acredita em uma resolução rápida.
– Nosso time é voltado ao ataque, com jogadores ofensivos e rápidos. O gol não saiu por questão de detalhes. Não faltou entrega, nem oportunidades. Faltou convicção no último passe, definição do lance, mas ao mesmo tempo temos de ficar confiantes. Criamos oportunidades e os gols vão sair naturalmente – comentou o camisa 10, ontem à tarde.
Os tropeços recentes deixaram a torcida, de certa forma, impaciente com a equipe. No meio da semana passada, o Flamengo perdeu para o modesto Confiança, pela Copa do Brasil, com um jogador a mais durante quase toda a partida. Já no clássico com o Fluminense, domingo, o time pouco criou e errou muito no setor ofensivo. Em ambos os jogos a torcida rubro-negra compareceu em grande número, mesmo fora de casa, e o resultado decepcionou.
Ontem, na reapresentação do elenco, os titulares ficaram apenas na academia. Nesta terça-feira eles treinam e, em seguida, viajam para Juiz de Fora, já que na quarta o Flamengo enfrenta o Atlético-PR, pela semifinal da Primeira Liga. Muricy ainda não deu qualquer indício do time que deve levar a campo, o que deve fazer no treino de hoje. O mais importante é reencontrar, o quanto antes, o caminho dos gols.