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Cruzeiro solicita rescisão de contrato com a Minas Arena

Clube celeste contesta ação da concessionária do Mineirão e, em pedido de rescisão contratual, cobra R$ 25 milhões da empresa

Indisponibilidade de locais de estacionamento, realização de eventos e hino do Atlético-MG estão na lista da insatisfação celeste  (Foto: Ramon Bitencourt/LANCE!Press)
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O vínculo entre Cruzeiro e Minas Arena pode estar bem perto de chegar ao fim. Nesta quarta-feira, o clube confirmou o envio à 32ª Vara Cível de Belo Horizonte do pedido de quebra de contrato com a empresa que administra o Mineirão. Entre os motivos apontados estão a indisponibilidade de todas as vagas de estacionamento e realização de eventos em dias de partidas da equipe, além de venda de ingressos abaixo do preço mínimo estabelecido em contrato entre as partes.  

Em entrevista ao "Estado de Minas", o advogado do Cruzeiro, Felipe Cândido, ainda detalhou o que moveu o processo do clube:

- A Minas Arena, há cerca de 30 dias, entrou com ação dizendo que o Cruzeiro lhe devia R$ 8 milhões. O Cruzeiro foi citado, fez sua defesa entendendo que não deve nada e, por decisão de sua diretoria, pediu, em reconvenção, a rescisão do contrato e uma indenização da Minas Arena.

Segundo os cálculos de sua ação protocolada, o Cruzeiro cobra R$ 25 milhões da Minas Arena. Aos olhos do clube celeste, o clube deveria receber multa de R$ 2,5 milhões por shows como os dos cantores Paul McCartney e Elton John. 

A insatisfação teria se estendido a um momento em que o alto-falante do Mineirão tocou o hino do Atlético-MG em jogo no qual o Cruzeiro era o mandante. Aos olhos de Felipe Cândido, esta atitude indicou uma postura bélica da Minas Arena:

- A Minas Arena, não se sabe o por quê, declarou guerra ao Cruzeiro, que deveria ser tratado a pão-de-ló, mas é visto como inimigo.

De acordo com advogado, a rescisão não implicaria na necessidade de a Raposa mandar jogos em outro lugar. Segundo Felipe Cândido, o estado reserva 66 datas por ano aos três clubes interessados em jogar no Mineirão:

- O Mineirão é um bem público que foi alvo de licitação vencida pela Minas Arena, que se tornou concessionária por 27 anos. O estado reservou para si 66 datas de eventos de futebol ao longo de um ano. Quaisquer agremiações, como Cruzeiro, Atlético e América, podem fazer uso, com direito a 54,2 mil ingressos, 100% de estacionamento e placas de publicidade. Ou seja, mesmo sem o contrato de fidelidade, o clube pode continuar jogando no Mineirão.

Porém, a possibilidade de mandar jogos em outros estádios não está descartada:

- A BWA tem procurado o Cruzeiro de maneira insistente para fechar acordo para algumas partidas.

O advogado ainda repudiou o fato de a Minas Arena anunciar via Twitter que comercializará a R$ 50 mensais as cadeiras cativas no Mineirão:


- A Minas Arena, nessa guerra que declarou ao Cruzeiro, está anunciando a comercialização da cadeira cativa do Mineirão, que, supostamente, o torcedor teria direito a assistir a todos os jogos. O valor é inferior e o torcedor tem que ficar atento. Temos que trabalhar com a hipótese, ainda que seja muito remota, de o Cruzeiro ter que procurar outro estádio para jogar. Aí o torcedor pagaria por algo que ele não usufruiria. Além disto, comprando esse ingresso da Minas Arena, o cruzeirense deixa de contribuir para as receitas do clube.