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Alex diz que encontrou a ‘paz’ no Cruzeiro multicampeão em 2003

Ex-jogador, craque da equipe que conquistou a Tríplice Coroa no início do século, revelou sua raiva por não ter ido para a Copa de 2022 e reencontrou a calma na Raposa 

Alex foi crucial na conquista da Triplice Coroa em 2003 (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)
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Um dos grandes símbolos do Cruzeiro de 2003, vencedor da Tríplice Coroa naquele ano (conquistou o Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro), o ex-meia Alex, camisa 10 e figura central da histórica equipe celeste, falou da sua jornada na Raposa em uma carta ao site 'The Player's Tribune'.

O ídolo azul, do Palmeiras, do Coritiba e do Fenerbahçe, da Turquia, revelou sua frustração por não ter ido à Copa do Mundo de 2002, ano em que o Brasil foi pentacampeão. Alex ainda afirmou no relato que se sentiu injustiçado por Felipão na convocação. Com raiva, reencontrou a paz vestindo a camisa celeste.

- A gente é ser humano… E o ser humano sente. Uns de um jeito, outros de outro jeito. Uns mais, outros menos. E eu senti muito por não ter tido a chance de disputar uma Copa do Mundo, especialmente a de 2002, quando já era campeão da Libertadores pelo Palmeiras e participei de todo caminho nas Eliminatórias com a seleção. Enfim, coisas da vida que vão formando a gente. E a gente nunca faz ideia do que tem dobrando a esquina. Depois de não ter sido convocado para a Copa, eu vivi uma fase mágica no Cruzeiro, joguei com raiva de tudo e de todos. Conquistei títulos, reencontrei a minha paz, até que dobrei a esquina de novo - disse Alex na carta no Players Tribune.

Ao ser contratado pelo Fenerbahçe, em 2005, onde é idolatrado, fez uma comparação entre os dois países em relação ao futebol.

- Dessa vez, não dei de cara com desilusão nenhuma. Pelo contrário, era a Turquia que me esperava. Eu nunca, jamais poderia imaginar a loucura que seriam os meus anos no Fenerbahçe. Impossível descrever, mas vou tentar. O futebol na Turquia é único, não existe nada igual. Todo mundo é apaixonadíssimo por seu clube. Sim, isso é mais forte do que no Brasil. Com uma diferença fundamental… Todo mundo vaia o time adversário, o jogador rival. Mas parece haver um limite. Não cruzam a linha. Eu sempre fui bem tratado por torcedores do Galatasaray, Beşiktaş, Trabzonspor, Bursaspor. Encontrava com os caras no aeroporto, na rua, e eles vinham falar comigo na boa. Por isso eu tenho um carinho imenso pelo povo turco. Foi uma experiência inesquecível - escreveu, voltando a falar da paz e do prazer em jogar no Cruzeiro.

- Então, o que ficou pra mim, da volta por cima no Cruzeiro à experiência de vida transformadora na Turquia, é que ali eu voltei a me divertir no trabalho e a acreditar que um ambiente diferente é possível no futebol — e que isso é importante principalmente pra piazada que está chegando. Voltei a sonhar. Voltei a ser o canela-seca que driblava sapo e metia sete bolas na boca do palhaço na quermesse. Eu percebi que, mais do que os acontecimentos, as conquistas, a glória, o dinheiro, o que fica para sempre são as sensações. E se é o que fica, a gente tem que cuidar delas com carinho. Guardar na memória - concluiu.

Atualmente, Alex é treinador do sub-20 do São Paulo, seu primeiro desafio na função. Durante anos, o ídolo celeste trabalhou como comentarista na 'ESPN'.