Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, adotou um tom otimista mesmo após o adiamento da votação da proposta de reforma estatutária, inicialmente prevista para esta segunda-feira (24), no Parque São Jorge.

Por unanimidade, os conselheiros decidiram postergar o pleito para permitir um período maior de discussão. O Conselho aprovou a realização de dez audiências públicas e de novas votações, tanto internas quanto entre os associados, programadas para fevereiro e março do próximo ano.

Em coletiva concedida após a sessão, Tuma ressaltou que há um alinhamento crescente em torno do debate sobre a possibilidade de conceder direito de voto aos membros do Fiel Torcedor, programa que centraliza a venda de ingressos para partidas do clube. Caso seja aprovada, a mudança ampliará o colégio eleitoral corintiano.

— Não estou frustrado; pelo contrário, vejo avanço. A deliberação foi unânime e já saímos com um calendário definido. É um passo importante. Há um indicativo claro de que o voto do Fiel Torcedor será aprovado. Não podemos deixar que apenas três mil pessoas decidam o futuro do Corinthians. Isso nos limita e abre espaço para muita politicagem, com cada um olhando para seus próprios interesses — afirmou.

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Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu para votar reforma do estauto (Foto: Ulisses Lopresti/ Lance!)

Proposta

O anteprojeto de reforma do estatuto apresenta três modelos para criação de uma nova categoria de Fiel Torcedor com direito a voto. Em todos os cenários, o torcedor interessado precisará pagar uma contribuição adicional para ter acesso ao processo eleitoral.

Uma das propostas prevê que essa taxa corresponda a 50% da contribuição patrimonial individual mensal já cobrada dos sócios.

Outra alternativa determina que o Fiel Torcedor quite o mesmo valor do título associativo exigido aos demais associados, além de uma taxa mensal equivalente a um terço da contribuição patrimonial individual.

Independentemente do modelo escolhido, o direito de voto só será concedido após o cumprimento de quatro anos de carência, com pagamento ininterrupto tanto do plano de sócio-torcedor quanto da taxa adicional, além da obrigação de manter todas as mensalidades em dia.

Tuma reforçou que a mudança é necessária para ampliar a participação da torcida na vida política do clube.

— Temos que cortar na carne. Se o Corinthians quebrar na nossa gestão, a responsabilidade será nossa. É hora de dividir, de permitir que a torcida vote. Chegou o momento — declarou o presidente do Conselho

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