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Corinthians tem prazo e quer evitar erros de 2016 com o novo treinador

Após temporada problemática com treinadores, Timão sofre para definir perfil e encontrar o novo comandante: divisão interna, rejeição de torcedores e número reduzido de opções

(Foto:Divulgação/Corinthians)
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O Corinthians estabeleceu um prazo para definição de seu novo técnico: a ideia é ter o profissional contratado e apresentado até o fim da semana que começa neste domingo, tudo para que o planejamento de 2017 volte à normalidade após a surpreendente demissão de Oswaldo de Oliveira. Prazo já tem. Falta só o perfil adequado às necessidades. E é aí que o Timão encontra as maiores barreiras deste processo.

Nos últimos dias, entre nomes consultados, sugeridos, indicados e sonhados, estão profissionais como Guto Ferreira, Vanderlei Luxemburgo, Paulo Autuori e Jair Ventura. Só pelos nomes é possível notar diferenças de idade, trajetória e perspectivas de trabalho. As palavras vagas de que o Corinthians procura um profissional com “perfil vencedor” é de simples interpretação: não existe um só perfil na mira.

Flávio Adauto, diretor de futebol do Corinthians, diz que o novo técnico já está escolhido e conversa com a diretoria. Porém, ainda segundo o diretor, o Timão desistirá do acordo se o nome do profissional for divulgado antes de estar tudo certo. Outra amostra da indefinição.

Internamente, o Corinthians está dividido politicamente e cada ala tem um nome de preferência. Além da tentativa de contornar insatisfações, a diretoria ainda enfrenta a rejeição da torcida a muitos nomes que têm sido discutidos, especialmente de treinadores mais velhos. Tudo isso reduz as opções e faz o clube trabalhar com cautela, ainda mais baseado nos insucessos das passagens de Oswaldo de Oliveira, Cristóvão Borges e até mesmo Tite, que não alcançou bons resultados no primeiro semestre e chegou a ser alvo de fortes críticas internas – veja abaixo os erros mais marcantes.

Até o fim da semana o Corinthians espera já contar com um técnico. E ele pode ser qualquer um.

ESTRANGEIROS E 'CASEIROS' SÃO OS ÚNICOS VETADOS -

Entre jovens e experientes, campeões ou não, há dois perfis que o Corinthians não considera (ao menos momentaneamente) para assumir o comando técnico: profissionais de fora do país e soluções internas.  Um empresário brasileiro tentou abrir negociações com o Corinthians pelo nome do colombiano Reinaldo Rueda, mas esbarrou no desconhecimento de dirigentes do clube a respeito do currículo e das possibilidades de contratar o atual comandante do Atlético Nacional. Outros dois profissionais com boa aceitação interna são o auxiliar Fabio Carille e o técnico do sub-20, Osmar Loss, mas o clube não vê nenhum dos dois preparado para tal.

VEJA OS TREINADORES E SEUS ERROS NO TIMÃO EM 2016:

Tite - Contratado em janeiro de 2015, seguiu até o mês de junho de 2016.

De janeiro de 2015 a junho de 2016 (Foto: Marco Galvão/Lancepress!)

1) Escolhas - Tite apostou em peças não consolidadas em jogos importantes. Alan Mineiro titular nas oitavas da Copa Libertadores, marcou.

2) Teimosia - Só houve mudança de esquema após duas eliminações em 2016. Apesar de opções em melhor fase no banco, treinador optou por nomes de sempre e bancou 4-1-4-1. Com 4-2-3-1, time avançou.

Cristóvão - Anunciado em junho para o lugar de Tite, saiu em setembro.

De junho a setembro de 2016 (Foto: Daniel Augusto Jr)

1) Antipatia - Com torcida e crítica, treinador manteve frieza e distância.

2) Nomes - Ter bancado Cássio no gol com Walter em melhor forma por ‘respeito à história’ não foi bem digerido.

3) Na Arena - Treinador encerrou passagem com derrota marcante na Arena. Desempenho caiu.

Oswaldo - Chegou em outubro e foi demitido apenas dois meses depois.

De outubro a dezembro de 2016 (Foto: Daniel Augusto Jr)

1) Elenco - Principal obstáculo foi o relacionamento com o elenco. Tirando quem já o conhecia, outros estranharam treinos longos e pouco produtivos no CT.

2) Defesa - Em nove jogos com o técnico, Corinthians sofreu 15 gols. Média é a pior entre todos os treinadores e foi algo determinante pelo fim do trabalho no curto prazo de dois meses.

E agora? Escolher quem está em melhor fase, ter flexibilidade em relação ao esquema tático, convencer a torcida a comprar sua ideia, não escalar por nome ou títulos, ter alto desempenho nos jogos em Itaquera, controlar um elenco de jogadores rodados e ajeitar a defesa. Está fácil ser o novo técnico do Corinthians em 2017? Até o momento, clube não anunciou o substituto de Oswaldo de Oliveira, que teve o trabalho que menos durou entre todos os profissionais no ano.