O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu o afastamento temporário dos últimos três presidentes do Corinthians: Augusto Melo, Duilio Monteiro Alves e Andrés Sanchez de qualquer cargo ligado ao clube e seus respectivos Conselhos, seja deliberativo ou de orientação.
O órgão investiga o uso de cartões corporativos do clube entre 2018 e 2025, além de possíveis irregularidades nas prestações de contas. A solicitação foi feita pelo promotor Cássio Roberto Conserino ao Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A informação foi divulgada pela 'Rádio Bandeirantes'. Os ex-presidentes ocupam cargos nos órgãos citados do Corinthians. Augusto Melo é uma exceção, pois perdeu os direitos políticos após a aprovação de seu impeachment, mas foi incluído no caso por precaução.
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— Não é demasiado dizer que dentro do Corinthians poderão intimidar ou amedrontar ou até mesmo ameaçar pessoas que detém o poder de responder AS requisições do Ministério Público — diz o trecho da manifestação do MP.
O pedido se ampara na Lei Geral do Esporte, e em trechos da antiga Lei Pelé, que prevê uma década de inelegibilidade para dirigentes envolvidos em gestões fraudulentas ou temerárias.
Investigação
Os ex-presidentes se tornaram alvos dos órgãos públicos após denúncias de terem gastos pessoais com o cartão corporativo do clube. Em julho, Andrés Sanchez admitiu o uso do artifício em uma viagem para o Rio Grande do Norte, mas prometeu ressarcir o clube. Outras faturas revelaram gastos indevidos na gestão de Duilio Monteiro Alves.
O Ministério Público aguarda que o superintendente financeiro do Corinthians, Roberto Gavioli, forneça a documentação necessária para o restante das investigações, o que ainda não ocorreu. Caso a solicitação seja aceita, Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves ficarão afastados de qualquer colegiado ligado ao clube alvinegro.