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Ulisses Lopresti
São Paulo (SP)
Dia 21/05/2025
19:47
Atualizado há 1 minutos
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O Departamento Financeiro do Corinthians, chefiado por Alexandre Germano, enviou uma nota técnica com detalhes sobre as contas do último ano para o Conselho Fiscal, com a intenção de reabrir as contas de 2023, quando o clube era presidido por Duilio Monteiro Alves. Na noite desta quarta-feira (21), o órgão divulgou um ofício atendendo o pedido da diretoria.

O documento, assinado por Haroldo José Dantas da Silva, presidente do Conselho Fiscal, comunica que a decisão de reabrir as contas de 2023 foi aprovada por unanimidade, desde que tenha os demonstrativos dos resultados que comprovem a reclassificação das despesas entre um ano e outro.

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A decisão representa uma vitória parcial da situação, que intensifica a narrativa de que o aumento no débito seria responsabilidade da última gestão, e assim, espera reverter a decisão do Conselho Deliberativo de reprovar as contas do primeiro ano de gestão de Augusto Melo. Caso identifique alguma irregularidade, poderá inclusive reavaliar a aprovação dos números de 2023.

Guerra de narrativas

No dia 28 de abril, 130 conselheiros desaprovaram os números do clube referentes a 2024, primeiro ano de gestão de Augusto Melo, contra 73 votos a aprovando as contas. O Corinthians fechou o período com um déficit de R$ 181 milhões, e uma dívida total de R$ 2,5 bilhões, o que representa um aumento avaliado em R$ 829 milhões no primeiro ano do atual presidente.

A diretoria do Corinthians contesta a versão. O documento apresentado ao Conselho Fiscal alega uma um erro na análise feita sobre os dados contábeis de 2024 e argumenta que a dívida aumentou em R$ 279 milhões, sendo R$ 191 milhões valores não apresentados na gestão de Duilio Monteiro Alves. Por fim, alega que o clube fechou com um superávit de R$ 9,5 milhões.

Diretoria de Augusto Melo quer reabrir contas de 2023 do Corinthians (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)

Crise política

O Conselho Deliberativo retoma a votação do impeachment de Augusto Melo na próxima segunda-feira (26), no Parque São Jorge. O presidente acumula quatro pedidos de afastamento, entre eles, um protocolado por Paulo Roberto Bastos Pedro, do CORI (Conselho de Orientação), pela reprovação das contas de 2024;

O que será votado já teve seu rito de admissibilidade aprovado, por 126 votos a 114, em janeiro, mas foi suspenso pelo presidente da sessão, Romeu Tuma Jr., devido aos incidentes que ocorreram no Parque São Jorge, que interromperam o pleito em três oportunidades.

A proposta para o impeachment acontece em meio ao inquérito da Polícia Civil para analisar irregularidades no patrocínio da casa de apostas Vai de Bet com o Corinthians, que durou entre janeiro e junho do ano passado. Recentemente, as autoridades detectaram parte do valor pago pelo clube alvinegro para intermediários em contas associadas ao PCC.

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