Osmar Stabile foi eleito o novo presidente do Corinthians em votação realizada pelo Conselho Deliberativo do clube, nesta segunda-feira (25), no Parque São Jorge. Um dos maiores desafios do novo dirigente é encerrar o transfer ban imposto ao Timão, e um dos caminhos é justamente a Fifa.
A punição, válida por três janelas de transferências, foi causada por um atraso no pagamento de R$ 33 milhões ao Santos Laguna, do México, referente a contratação de Félix Torres, concretizada no início de 2024. Com os impostos, o valor chega a R$ 41 milhões.
O Corinthians ofereceu gastar 70% do valor. O dinheiro veio de antecipação de valores da renovação com a Nike, até 2036, e pela venda de Kauê Furquim ao Bahia, que rendeu R$ 14 milhões aos cofres alvinegros. O Santos Laguna não aceitou a oferta, o que fez o Timão ir à Fifa.
A instituição máxima do futebol, responsável por aplicar a punição, também age como um intermediador entre os clubes. O Corinthians acredita que a Fifa pode auxiliar nas negociações. O Timão justificou que trabalha para acertar suas dívidas, deu o exemplo do RCE (Regime Centralizado de Execuções), que busca acertar os débitos com os credores.
— Extraoficialmente, fizemos mais do que três propostas. Também entramos na Fifa pela questão do RCE, a Fifa entendeu e falou com o Santos Laguna. Estamos aguardando, eles não queriam negociar. Tentaram negociar e não conseguiram — disse o presidente em entrevista coletiva.
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Problemas à vista
A punição vale por três janelas de transferências. O Timão ainda pode sofrer novos transfer bans por dívidas de R$ 19 milhões com o Talleres, referentes à contratação de Garro, de R$ 3,8 milhões com o Shakhtar Donetsk, pelo empréstimo de Maycon, e de R$ 40 milhões com Rojas, em razão de atrasos salariais. Para evitar problemas, o Corinthians corre para se acertar com Santos Laguna, e não descarta buscar novas formas de quitar a pendência.
— Conversaram conosco, tive a oportunidade de falar com o escritório que administra o Santos Laguna, pedi ajuda para resolver o problema. Está com a Fifa, se a Fifa entender que teremos que pagar tudo, vamos correr para fazer isso, não tem jeito. Estamos trabalhando em três frentes — contou o presidente.