Em comunicado divulgado para os conselheiros do Corinthians nesta segunda-feira, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Antônio Goulart dos Reis, decidiu novamente adiar a reunião que votaria as contas referentes ao ano de 2019 e que estava marcada para a próxima quinta-feira, dia 10 de dezembro.
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De acordo com o texto, a decisão foi tomada em virtude de um surto de coronavírus que atingiu parte dos conselheiros após as eleições no clube no dia 28 de novembro, que aconteceu na sede social, o Parque São Jorge. Segundo Goulart, alguns desses membros do Conselho se encontram hospitalizados.
"Em razão do grande número de conselheiros infectados ou com suspeita de infecção da Covid-19 após participação na Assembleia Geral do dia 28 de novembro, alguns deles internados", diz o comunicado
Também foi levado em consideração o fato de muitos conselheiros terem idade superior aos 60 anos, considerada "grupo de risco" para a Covid-19. Sem contar as novas medidas restritivas impostas pelo Governo de São Paulo após o aumento do número de casos da doença nas últimas semanas no estado.
Ainda não foi estabelecida uma nova data para a votação das contas. No dia 4 de janeiro, Duílio Monteiro Alves e um novo Conselho tomam posse no clube. Até lá, será preciso encontrar um modo para que a configuração atual do órgão possa aprovar ou não o balanço apresentado pela gestão Andrés Sanchez.
Não é a primeira vez que o Conselho tenta remarcar a data para a aprovação ou não das contas do clube. Em 20 de outubro estava agendada a votação na Neo Química Arena, no entanto, com os bastidores do clube em efervescência por conta da eleição presidencial, alguns obstáculos foram encontrados, e o encontro precisou ser adiado. Daquela vez, o problema foi o vazamento da relação nominal de conselheiros e seus respectivos votos nas reuniões desde 2017, o que causou a insegurança entre os membros do órgão.
Após inúmeros entraves e adiamentos por conta da pandemia, ainda não houve a apreciação do balanço financeiro do clube, que registrou R$ 177 milhões de prejuízo, mas que ao passar pelo Conselho Fiscal, o valor foi corrigido para cerca de R$ 195 milhões, por conta de pendências jurídicas não inclusas na divulgação original do documento. Tanto o Conselho Fiscal quanto o Conselho de Orientação reprovaram as contas em suas primeiras reuniões e recomendaram o mesmo caminho ao Conselho Deliberativo.