A Comissão de Justiça do Corinthians entrou com um pedido para o afastamento imediato de Augusto Melo da presidência. A solicitação feita nesta terça-feira (6) é baseada em artigos da Lei Geral do Esporte e foi encaminhada para o Conselho Deliberativo do clube alvinegro.
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O requerimento questiona a recente apresentação oficial das contas do Corinthians referentes a 2024, primeiro ano da gestão de Augusto Melo. No mês passado, o Conselho Deliberativo reprovou os demonstrativos financeiros do clube após o CORI (Conselho de Orientação) apontar um aumento de R$ 829 milhões no passivo total, que chegou à casa dos R$ 2,4 bilhões
A Comissão de Justiça do Corinthians, presidida por Leonardo Pantaleão, ex-dirigente da gestão de Augusto Melo, se baseou no artigo 23 da Lei Geral do Esporte para pedir o afastamento do presidente do Timão.
A legislação federal prevê a destituição de dirigentes que tiverem uma gestão temerária a frente do clube, sem a necessidade de uma aprovação interna do Conselho Deliberativo.
Artigo da Lei Geral do Esporte
Art. 23. Os estatutos ou contratos sociais das entidades de administração do desporto, elaborados de conformidade com esta Lei, deverão obrigatoriamente regulamentar, no mínimo:
II - inelegibilidade, por dez anos, de seus dirigentes para desempenho de cargos e funções eletivas ou de livre nomeação de:
a) condenados por crime doloso em sentença definitiva;
b) inadimplentes na prestação de contas de recursos públicos em decisão administrativa definitiva;
c) inadimplentes na prestação de contas da própria entidade;
d) afastados de cargos eletivos ou de confiança de entidade desportiva ou em virtude de gestão patrimonial ou financeira irregular ou temerária da entidade;
e) inadimplentes das contribuições previdenciárias e trabalhistas;
f) falidos.
Próximos passos
O CORI aponta que a gestão de Augusto Melo não apresentou documentos necessários para a avaliação das contas do clube. A posição promete se defender na Comissão de Ética, aponta irregularidades da antiga gestão e quer abrir as contas de 2023, para, consequentemente, votar os números do último ano da gestão de Duilio Monteiro Alves.
Romeu Tuma Jr. convocou uma entrevista coletiva para a quarta-feira (7), onde deve anunciar os próximos passos. Em caso de destituição, a decisão ainda teria que ser ratificada por uma Assembleia Geral.