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‘Trauma’ fez com que o Água Santa optasse por mandar a semifinal do Paulistão na Vila Belmiro

Estádio do Santo André chegou a ser cogitado, mas foi vetado por conta do gramado ser artificial

Lesão de Joílson ligou o alerta ao Netuno sobre grama sintética (Foto: Divulgação/AV Assessoria de Imprensa)
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Por conta do gramado sintético do estádio Bruno José Daniel, o Água Santa não quis mandar a semifinal do Campeonato Paulista, contra o Bragantino, no estádio do Ramalhão. A cidade de Santo André é vizinha de Diadema, onde o Netuno fica sediado, mas a opção foi jogar na Vila Belmiro, em Santos.

Ter disputado as quartas de final do Paulista no Allianz Parque, que também possui a grama artificial, deixou uma espécie de trauma ao clube do Grande ABC, que nesta partida perdeu o zagueiro Joílson, que rompeu o ligamento cruzado anterior de um dos joelhos e viu o atacante são-paulino Galoppo deixar a partida pelo mesmo motivo.

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- Óbvio que foi oferecido o Bruno Daniel. Por que a gente não optou pelo Bruno Daniel? Grama sintética. Eu tenho algumas queixas. Sei que vou deixar alguns amigos descontentes, mas na vida a gente tem que se posicionar, e eu não gosto da grama sintética. Olha o que aconteceu com o Galoppo e com o Joílson, e para mim é a grama sintética. Uma coisa é quem está acostumado a treinar na grama sintética, sabe se posicionar, sabe como colocar o pé - disse Paulo Korek Farias, presidente do Água Santa, em entrevista exclusiva ao LANCE!.

- Tivemos no jogo contra o São Paulo, o Galoppo e o Joílson saindo por (lesão no) LCA (ligamento cruzado anterior), o Joílson vai ficar, pelo menos, oito meses fora. Tivemos o Wellington, que se machucou, e também outro jogador do São Paulo. Naquele momento eu decidi que não gostaria de jogar em grama sintética - acrescentou.

Em jogo de lesões, o Netuno bateu o São Paulo no sintético do Allianz (Foto: Paulo Pinto/Saopaulofc.net)

DECISÃO PELA VILA

A escolha pela Vila Belmiro, então, foi do técnico Thiago Carpini, que participou da escolha do estádio durante todos os momentos. De acordo com o treinador do Netuno, a casa do Peixe traz boas recordações. A decisão também foi uma forma de homenagear o Rei Pelé, que faleceu no fim do ano passado.

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- É um estádio acolhedor, que leva, nada mais, nada menos que a história do Rei Pelé. O Pelé será lembrado eternamente, mas é um ano onde a gente tem um sentimento aflorado pela morte do Rei Pelé. E o Carpini falou que gostaria que fosse na Vila, porque tem boas lembranças lá. E eu disse que, então, seria na Vila que a gente jogaria, só que antes falaria com o presidente (Andres Rueda, do Santos). Tudo dialogamos com o Carpini, colocamos o nosso ponto de vista, mas a decisão final é dele. E ele fala para mim desde o primeiro momento que gostaria da Vila. Estudamos e vimos que o Carpini tinha razão - destacou Korek.

Em contato com Rueda, a Vila Belmiro foi cedida sem custos de aluguel. O Netuno arcará somente com as despesas operacionais da partida.

Para o atacante Bruno Mezenga, a virada de chave do Água Santa neste Paulistão foi justamente na Vila, no empate sem gols com o Santos, pela quarta rodada da competição. A equipe do Grande ABC não venceu nas três primeiras partidas (com duas derrotas consecutivas e um empate), e mesmo sem ter conquistado os três pontos contra o Alvinegro Praiano, a sensação foi de vitória após o 0 a 0.

Empate com o Peixe na Vila foi divisor de águas para o Água Santa (Foto: Raul Baretta / Santos FC)<br>

Depois desse jogo, o time venceu três jogos consecutivos, interrompido somente por uma derrota para o Palmeiras, único invicto do Estadual até aqui, na oitava rodada. Ainda assim, após perder do Verdão, o Água fez outras quatro partidas na primeira fase, vencendo todas. Nas quartas de final, um novo empate sem gols, desta vez contra o São Paulo, deu a histórica classificação ao clube de Diadema.

- A virada de chave veio contra o Santos, fizemos um bom jogo e conseguimos o empate na Vila. Voltamos aqui em Inamá para fazer um jogo com a Portuguesa, que seria um divisor de água, e conseguimos a nossa primeira vitória. Dali pra frente o time encaixou e foi construindo bem os resultados - disse Mezenga, também em bate-papo exclusivo com o L!.

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O Água Santa também sondou a Portuguesa e Oeste para saber sobre a possibilidade de levar o duelo contra o Massa Bruta para o Canindé ou Arena Barueri. No caso da Lusa, um problema burocrático, referente ao laudo do estádio, impediu que o acordo ocorresse. Já em Barueri, o gramado não atendia às condições desejadas.

Por fim, com o desejo do treinador e a conclusão que a logística de Diadema até alguns locais na capital não seria tão diferente em comparação com a cidade de Santos, foi batido o martelo que o Água Santa levaria a semifinal do Paulistão para a Vila Belmiro.

Vila Belmiro antes do empate sem gols entre Santos e Água Santa, em janeiro (Foto: Rafael Oliva/LANCE!)

E o presidente Paulo Korek conta com o apoio da torcida santista para torcer pelo Netuno contra o Massa Bruta nesta segunda-feira (20), às 21h (de Brasília).

- Quero aproveitar e convidar a todo morador de Santos que quiser prestigiar o jogo do Água Santa, para a gente vai ser uma felicidade imensa. E a sua ajuda será muito importante para nós - convidou Korek.

O Água Santa está cobrando entre R$ 40 e R$ 60 os ingressos para a semifinal - sendo R$ 20 e R$ 30 a meia-entrada. Os bilhetes mais baratos são os referentes às arquibancadas, já os mais caros das cadeiras inferiores cobertas, atrás dos bancos de reservas.