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Botafogo de Tenius corre mais riscos, mas apresenta melhora ofensiva

Com Caio Alexandre de primeiro volante, equipe é leve e chega ao ataque com mais rapidez, mas espaços nas transições defensivas podem ser um perigo

Keisuke Honda em ação contra o Ceará (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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"Um jogo de riscos significa mais gols": dizia o relatório técnico da Liga dos Campeões de 2019-20, divulgado pela Uefa na última semana. O Botafogo de Flávio Tenius, preparador de goleiros que assumiu a equipe de forma interina, sentiu esta relação. Ao assumir uma formação mais leve contra o Ceará, teve mais facilidade para chegar ao ataque, mas viu novos buracos surgirem na primeira metade do gramado.

Ainda sem um treinador para a sequência da temporada, está certo que Flávio Tenius comandará o Botafogo diante do Cuiabá, na próxima terça-feira, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Como o Alvinegro precisa reverter uma desvantagem de 1 a 0, a estratégia de assumir riscos mas chegar forte ao ataque se faz necessária.

Rafael Forster ou Cícero? Nada disso. A escolha de Tenius foi por Caio Alexandre como primeiro volante. O camisa 19, que jogou com liberdade para chegar à área com Bruno Lazaroni, era o jogador que ficava à frente dos zagueiros, dando campo para Bruno Nazário, que retornava ao meio-campo, e Keisuke Honda.

As mudanças no meio significaram um ataque mais leve. Alexander Lecaros na direita e Warley na esquerda, com uma característica marcante de ficarem presos ao próprio lado durante todo o jogo, sem sair da posição original. O time do Botafogo não era pesado e chegava ao terço final sem dificuldade, seja com qualquer jogador da frente puxando a jogada.

O segundo gol, marcado por Matheus Babi, sai justamente em uma jogada de construção rápida. Após uma recuperação, a bola demora seis segundos para sair de Kanu, na defesa, e chegar em Bruno Nazário, na lateral da área. O camisa 10 cruzou na medida para o atacante balançar as redes.

Todo estilo de jogo, porém, traz consequências. A do Botafogo foi gerar buracos nas transições ofensivos - justamente um dos estilos de jogo do Cuiabá, rival da Copa do Brasil. Com dois meias participando ativamente da construção e os dois pontas sendo fundamentais para cortes em diagonal, o Alvinegro sofreu em contra-ataques.

Ao mesmo tempo que a gente fica satisfeito pelo desempenho da equipe, vibrante o tempo todo, lamentamos porque não vencemos. Terça-feira perdemos aqui e somos obrigados a vencer lá. Temos que mais do que hoje. Os jogadores estão ansiosos para esse jogo e a gente vai com, se possível, uma postura melhorar ainda do que hoje (sábado). Vamos para vencer - afirmou Tenius após o jogo.

Os dois gols marcados pelo Ceará, inclusive, trazem jogadores com liberdade. No primeiro, Cléber tem todo o espaço para ajeitar o corpo e finalizar colocado. No segundo, Vina consegue arrancar e receber um passe de Leandro Carvalho, autor do gol, em um espaço vazio.

É um jogo de xadrez. Ao mesmo tempo que chegou ao ataque com mais rapidez, o Botafogo também sofreu com os espaços deixados na própria área. Como iniciará o duelo diante o Cuiabá já com um placar de 1 a 0 desfavorável, o Alvinegro precisa correr riscos para tentar a classificação. É isso que o estilo de jogo de Flávio Tenius, pelo menos contra o Ceará, apresentou.